sábado, 5 de novembro de 2011

As Fortunate As Me


Esse review começa com uma provocação, chupa 1º dia!
Na sexta-feira, dia 04 de Novembro, o estádio do Morumbi recebeu 68 mil pessoas para assistir ao quarto show do Pearl Jam na capital paulista. Aquele transito básico da sexta-feira para chegar ao estádio, mas felizmente consegui um bom lugar na pista para assistir ao show, que começa com 30 minutos de atraso, pra alívio de quem chegou de última hora.
A luzes se apagam e já começa com 'Go', uma porrada do disco que completa 20 anos junto com a banda, Ten, e que não deixa ninguém parado, seguida por 'Do The Evolution', do 'Vitalogy', para dizer a platéia "estamos aqui com 20 anos de estrada e força total!".
'Severed Hand', do disco Pearl Jam (2006), dá um tempo para a parte do público que não conhece os discos mais recentes respirar, quando a balada-rock 'Hail Hail' (No Code) faz uma homenagem aos apaixonados e me faz já estar apaixonado pelo show na quarta música!
Começa 'Got Some' do mais recente trabalho, 'Backspacer', sem muita repercussão aqui no Brasil e que deixa boa parte da platéia assistindo tranquilamante o show, recuperando o folêgo para a primeira grande comoção no estádio, e o título mais longo da história do Pearl Jam, 'Eldery Woman Behind The Counter In A Small Town', do segundo disco Vs. Aquele momento de celulares e cameras acesas e todo mundo cantando junto, fazendo o coro no final, simplesmente lindo! Vem 'Given To Fly'(Yield, 1998), outro sucesso que emociona a todos! A esse altura o Eddie já havia distribuído vários obrigados e arriscado algumas poucas palavras em português, sempre muito simpático com o público.
Outra canção de Backspacer é apresentada, 'Gonna See My Friend', o que mostra que setlist teve um bom equilíbrio entre músicas mais novas e grandes sucessos da carreira. Quando eles tocam 'Wishlist' (Yield), uma das minhas músicas favoritas do Pearl Jam como contei aqui, o show deles é novamente o melhor e eu não tenho mais palavras para dizer o quanto estou feliz por fazer parte daquilo, enquanto todo mundo faz um coro "ôÔôô" no final da música. 'Among the Waves' (também do Backspacer) e 'Setting Forth', do disco solo do Eddie Vedder 'Into The Wild' são tocadas na seqüência, seguidas por 'Not For You', do disco Vitalogy, e 'Even Flow', sucesso do Ten, que leva todo mundo ao delírio, tamanha a energia e a entrega da banda no palco ao executar esse sucesso de 20 anos. 'Unthought Known' e 'The Fixer', do mais recente disco BackSpacer, são tocadas. E em seguida vem duas músicas do início de carreira para fechar a primeira parte do show, são elas 'Once' e 'Black' com um coro no final  criando um daqueles momentos que deviam durar para sempre.

Vem a pausa para o primeiro bis. A banda já tem o público na mão quando o Eddie volta ao palco agradecendo novamente e toca 'Just Breathe' (Backspacer), que está entre as músicas mais bonitas já compostas por ele.  Quando a música acaba, Vedder conta que a próxima canção o faz  lembrar de São Paulo, por que foi durante a primeira passagem deles por aqui que o guitarrista Mike McCready mostrou a música a ele ainda no quarto do hotel. Eles executam 'Inside Job', canção que fecha o disco Pearl Jam (2006) com um show de iluminação deixando o estádio do Morumbi ainda mais bonito naquela noite. 'State Of Love And Trust', que nunca foi lançada em nenhum disco de estúdio, e o single recém lançado apenas pela internet, Olé, agitam o público para outro ponto alto do show começar, quando eles tocam mais duas canções do Ten fechando o primeiro bis, 'Why Go' e o mega-hit 'Jeremy'!
Em algum momento aqui, Vedder se desculpa pelo seu português, pede permissão para falar inglês, agradece a banda de abertura X, agradece ao público por respeita-los e ouvi-los e conta uma história de quando ele falsificou um ID para ir a um show da Banda X e segurou a cerveja do vocalista durante o show.
Na volta para a parte final eles tocam a balada-cover-fofinha 'Last Kiss' e o clássico 'Better Man' (Vitalogy), com coro da platéia no final, mais um daqueles momentos que ficarão eternizados na memória de quem estave lá.  Também do disco Vitalogy vem o lado-B 'Spin The Black Circle', que nos meus devaneios antes do show  pensei como seria legal se a banda a tocasse, e eles tocaram para minha mais completa felicidade. Na sequência tocam 'Alive', o hino da banda executada religiosamente em todos os shows! Eu já esperava pelo agradecimento final quando o Mike começa um riff marcante de guitarra, o Eddie aparece com dois pandeiros e eu grito a plenos pulmões, The Who!!! e a banda toca o cover de 'Baba O'Riley'. Para fechar, um sucesso que não está em nenhum disco, 'Yellow LedBetter', que o Mike compôs inspirada por "Little Wing'  do Hendrix e é sempre tocada pela banda e adorada pelos fãs!
Eles se despedem, sempre muito carinhosos com o público, verdadeiramente felizes pela apresentação ter sido tão incrível. Sem dúvida uma das melhores da banda em solo tupiniquim e nós vamos embora, torcendo para que eles não demorem mais 6 anos para voltar ao Brasil. E eu estou feliz por ser, como diz o verso de Wishlist, "as fortunate as me".

O setlist completo do show pode ser visto aqui!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Voando Alto

 

Foi assim, o Oasis acabou graças a mais uma briga entre os irmão Gallaghers, e no ínicio eu só ficava aliviado por ter assistido ao último show da banda em terras tupiniquins. Logo depois veio a notícia que cada irmão seguiria o seu caminho, o que era bom, por que se uma das maiores bandas do britrock tinha acabado, pelo menos agora tinhamos a perspectiva de duas novas bandas de qualidade. E eu confesso que nunca me empolguei pelo o que o Liam iria fazer. Embora tenha gostado do Beady Eye, eu queria mesmo era ouvir o trabalho solo do Noel Gallagher, afinal ele era meu Oasis favorito.
Aí começaram as entrevistas e notícias, o nome inspirado em uma canção do Jefferson Airplane, a trilogia de singles e clipes, a ansiedade pelo que parecia ser o melhor disco do ano (na minha modesta opinião), o 'vazamento' do disco e então a certeza, já temos o melhor disco do ano!
Rotular qualquer disco como melhor do ano é sempre um risco, mas não hesitei em nenhum momento. Por que o disco não é um mais do mesmo sem a peça mais talentosa, como no caso do Beady Eye. Por que não são só as 3 canções que contam a história dos clipes e formam uma belíssima mini-ópera. 
Ele é também músicas que eu não sei como o Oasis não gravou, como Stop The Clocks. É o melhor do britpop como em Dream On ou Wanna Live In a Dream. É um músico que olha pra frente, não se repete e se o faz, é de tal forma que não soa cansativo. Por que a cada vez que escuto o disco, tenho certeza que ele continuará na minha playlist por muitos anos!

sábado, 15 de outubro de 2011

Eric Clapton is God, em São Paulo

 
No feriado de 12 de Outubro, numa noite fria e com a típica garoa paulistana, 45 mil pessoas foram ao estádio do Morumbi assistir ao show do guitarrista Eric Clapton.
Com pontualidade britânica, o show começa uma dedicatória ao piloto brasileiro, Felipe Massa, e com 'Key To The Highway', do álbum 'Riding with the King', parceria de Clapton com outra lenda do blues, BB King, e a platéia já aplaude calorosamente ao primeiro solo de guitarra (os aplausos se repetiram durante vários solos). O blues toma conta do estádio, com destaque para o cover de Muddy Waters, Hoochie Coochie Man, até que tem início o trecho 'acústico' e intimista do show, com Eric sentado num banquinho e demonstrando todo seu talento ao violão, com fortes raizes do blues, começou com Driftin' Blues, tocou o sucesso 'Lay Down Sally' e uma canção de seu disco mais recente, 'When Somebody Thinks You're Wonderful', para ouvir todo o público cantar junto Layla, em versão parecida com a do Unplugged '92.
Retomando a parte elétrica, Clapton tocou 'Badge' dos tempos de The Cream, para depois emendar o hit 'Wonderful Tonight', com direito a celulares acessos pelo estádio. Passado o momento mais romântico do show, o blues voltou com força total com o clássico 'Before you accuse me', e 'Little Queen of Spades', do bluesman e lenda, Robert Jonhson, a maior influência de Clapton, com direito a solos e improvisos longos, demonstrando toda a qualidade não só do guitarrista, mas também da banda de apoio, formada por Chris Stainton e Tim Carmon nos teclados, Willie Weeks no baixo, o baterista Steve Gadd, e Michelle John e Sharon White nos vocais de apoio.
Todo o estádio se levanta quando começa 'Cocaine', fazendo inclusive o pessoal da platéia vip, sentada até então, se aglomerar a frente do palco para ouvir um dos maiores - se não o maior - sucesso da carreira do cantor. Uma breve pausa e ele retorna para executar a última canção do show, Crossroads, encerrando uma bela apresentação apesar da pouca comunicação dele com o público (apenas um ou dois "Thank You"), e do som um pouco baixo, mas que demonstra por que Eric Clapton é um dos maiores guitarristas de todos os tempos.


Eric Clapton - Key To The Highway Live @ São Paulo, 12/10/2011

Eric Clapton - Before You Accuse Me Live @ São Paulo, 12/10/2011

domingo, 28 de agosto de 2011

Radiohead toca Ceremony do Joy Division

Procurando alguns covers para o 505Indie, encontrei essa versão do Radiohead tocando Ceremony do Joy Divison, gravado durante um webcast que a banda fez em 9 de Novembro de 2007!
A versão não é muito diferente da original, porém a canção é excelente e eu simplesmente não consigo parar de ouvir!




E se quiser ouvir o original também, ela está aí embaixo numa versão demo do Joy Division, já que a canção tem também outra versão já com o New Order.



E deixo a letra para vocês cantarem junto também!

Ceremony 
(Joy Division)

This is why events unnerve me
They find it all a different story
Notice whom four wheels are turning
Turn again and turn towards this time
All she asks the strength to hold me
Then again the same old story
World will travel oh so quickly
Travel first and towards this time

Oh I'll break them down, no mercy shown
Heaven knows It's got to be this time
Watching her, these things she said,
Times she cried, to frail to wake this time

Oh I'll break them down, no mercy shown
Heaven knows It's got to be this time
Avenues all lined with trees
Picture me and then you start watching
Watching forever, forever
Watching love grow, forever
Letting me know, forever

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Novo Projeto no AR: 505Indie

Como eu já havia comentado, estava trabalhando em um novo projeto e agora ele está oficialmente no ar!
E já começamos com a notícia do Live Stream do Lollapalooza e o anúncio das datas do festival no Brasil em 2012!
O site vai cobrir o que rola na cena Indie mundo a fora, grandes festivais, bandas nacionais, cinema, literatura, series de TV, cultura POP em geral e para dar conta de toda esse empreitada contamos com a orgulhosa equipe de 10 colaboradores:
Flavio Testa - @flaveus
(EU) Rodrigo Fonseca - @rodrigoffonseca
Renan Couto - @renancouto
Lucas Camporezzi - @lucascamporezzi
Lucas Moreira - @lucasjmor
Anna Livia - @annaliviams
Lua Specian - @luaspecian
Raphael Pousa - @raphapousa
Carol Munhoz - @carolmunhoz
Rafael Gomes - @rafaelgomis


Para acompanhar tudo que vai rolar no 505Indie, só ficar ligado nos links aí embaixo:

Twitter: @505indie

domingo, 31 de julho de 2011

Um novo projeto!

Embora eu ainda não possa divulgar maiores detalhes, lá vai:
Ontem comecei a convite do amigo @Flaveus um projeto de um novo site!
Vamos fazer reviews de shows (In Loco ou pela web), divulgar links para streaming/download de shows e discos, falar de tudo que rola na música (Indie, Rock, Pop), séries de TV, Cinema, Literatura, falar da cena independente das bandas brazucas, dos festivais que nosso país vai receber, cultura pop, enfim, repercuti o hype como já fazemos diariamente.
A ídeia é ser um site bem colaborativo, linkado com todas as redes sociais e que vai contar com uma equipe de 10 pessoas de primeira linha! (afinal pra dar conta de todos esses assuntos, vamos ter que nos desdobrar!)
O primeiro contato com a galera do blog foi sensacional e passamos o sábado inteiro praticamente fervilhando idéias pro site e tudo mais!
Claro que FocaSongs vai continuar existindo! Alguns posts daqui vão parecer no novo projeto e vice-versa, e acho que ele vai ser bom pra me fazer produzir mais e variar mais o assunto e alimentar mais o FocaSongs também!
Tão logo eu possa postar mais novidades aqui, vocês vão ficar sabendo!
Enquanto isso, a única coisa que posso adiantar são os membros da equipe do projeto! Sigam a galera aí!


Flavio Testa - @flaveus
(EU) Rodrigo Fonseca - @rodrigoffonseca
Renan Couto - @renancouto
Lucas Camporezzi - @lucascamporezzi
Lucas Moreira - @lucasjmor
Anna Livia - @annaliviams
Lua Specian - @luaspecian
Raphael Pousa - @raphapousa
Carol Munhoz - @carolmunhoz
Rafael Gomes - @rafaelgomis

sexta-feira, 29 de julho de 2011

10 anos se passaram

Ia passar em branco, mas eu acabei de me lembrar de como fiquei conhecendo os Strokes e achei que valia contar aqui como homenagem aos 10 anos que o disco de estréia da banda, "Is This It", completa hoje.
Eu tinha acabado de sair do colégio técnico e fazia meu primeiro estágio. E como bom estagiário que não tinha muita coisa pra fazer, passava parte das manhãs lendo jornal, em especial a Ilustrada e o Folha Teen da Folha de São Paulo. Eu lia religiosamente a coluna - já finada - "Escuta Aqui" do Álvaro Pereira Jr. que sempre trazia alguma novidade do rock - no caso Indie rock - e um CD Player que ele dava um Play, Stop e Pause para suas preferências.
Embora ele fosse um tanto rabugento (tô sendo bonzinho aqui) e detonasse as bandas nacionais, eu gostava de ler por que me apresentava um mundo novo que eu não tinha acesso na época. E salvo um engano da minha memória, foi na coluna dele que eu li pela primeira vez sobre os Strokes. A banda de Nova York que nem tinha gravado um disco e já diziam ser a salvação do rock, o novo Nirvana, e ainda por cima tinha um baterista brasileiro! A banda fazia apresentações explosivas nos clubs de New York e todo mundo estava ansioso pelo primeiro CD!
E aqui entra outro fato histórico, em 2001 o download de mp3 pela internet estava fervilhando! Todo mundo descubrindo aquela facilidade, as gravadoras (e o Metallica) querendo matar o Napster e quem baixasse música - como eles chamavam - "ilegalmente". Me aproveitei disso pra baixar 3 músicas que o Álvaro indicava; Modern Age, Last Nite e New York City Cops e bem... foi amor a primeira audição!
O disco saiu e eu e o Eduardo (um amigo que fazia estágio comigo) conseguimos convencer o Gil (que trabalhava com a gente) a comprar o CD e foi assim que pus as mãos naquele disco com a "bunda de fora" na capa! (A capa chegou a ser censurada no USA e ganhou uma versão alternativa)

Lembro ainda de ter lido uma crítica na Ilustrada que terminava da seguinte maneira: "Não é o novo Nirvana, são só os Strokes, mas isso já é um bom começo". E na verdade era um excelente começo!
Tanto que a última faixa do disco, Take It or Leave It, já intimava a abraçar a nova leva de banda que vinham na cola dos Strokes.
Se você pensar bem,  a maior banda da década '00 como bem define meu amigo Flaveus, foi quem abriu alas para toda uma geração de bandas de Indie Rock que iria dar um novo gás pro bom e velho Rock'n'Roll.
Fico por aqui feliz por ter me lembrando de tanta coisa legal escrevendo esse post e deixo com vocês a letra e o video de...
Take It or Leave It.
(Strokes)

Leave me alone
I'm in control
I'm in control
And girls lie too much
And boys act too tough
Enough is enough

Well, on the minds of other men
I know she was

I said just take it or leave it
And take it or leave it
And take it or leave it
And take it or leave it
Oh, just take it or leave it
And take it or leave it
Oh, take it

I say oh, he's gonna let you down
He's gonna let you down
He's gonna let you down
And gonna break your back for a chance
And gonna steal your friends if he can
He's gonna win someday

I fell off the track
Now i can't go back
I'm not like that

Boys lie too much
Girls act too tough
Enough is enough

Well, on the minds of other girls
I know he was

I said you take it or leave it
And take it or leave it
And take it or leave it
And take it or leave it
Oh, just take it or leave it
And take it or leave it
Oh, take it

That's right

Oh, he's gonna let you down
He's gonna let you down
He's gonna let you down
And gonna break your back for a chance
And gonna steal your friends if he can
He's gonna win someday
Oh, he will

sábado, 16 de julho de 2011

Ainda existe rock nacional!

Sim senhores e senhoras! Ele ainda existe, não é colorido, e é do bão!
(E me desculpem se eu exagerar nos superlativos durante o post)
Acabo de chegar do show do Lobão no Auditório Ibirapuera, e esse show veio na hora certa. Eu estava meio indeciso se fazia ou não um post sobre a biografia dele que acabei de ler, e depois do show decidir deixar pra lá a biografia e falar que o rock nacional estaria bem melhor se nós tivessemos mais uns 5 ou 6 Lobões por aí!
Vamos ao que interessa:
O show que assisti faz parte da turnê Elétrico 2011 e essas duas apresentações (fui na de sexta, tem outra sábado) vão ser gravadas para o que deve se tornar o futuro DVD da turnê. E acho que a escolha do local foi excelente, o auditório Ibirapuera proporciona uma ótima acústica, confortável para a platéia, visão completa do palco de qualquer lugar que você sentar (os lugares são numerados e respeitados) e proximidade entre artista e platéia.
Antes do concerto começar, teve a exibição (era pré-estreia) do documentário Lobão - Não Há Estilo Sem Fracasso, um curta que fala sobre o lobão e seu relacionamento com as gravadoras, rádio, mainstream e sua prisão. O trailer você pode conferir aqui.
E aí após o breve filme que serve pra deixar um gosto de "quero mais" as luzes se apagam e a banda vem ao palco, e a introdução vem com uma pauleira de primeira qualidade, com um riff que me lembrou "In my Time of Dying" do Led nos primeiros minutos, e que vou ficar devendo o nome da música de abertura, por que não consigo lembrar o nome agora.
Na sequência veio "Mais uma vez" do disco "A vida é doce" com um arranjo bem mais legal e pesado! Alias, todas as músicas estão mais pesadas, e o show realmente faz jus ao nome de ELÉTRICO!
Logo que pensei que para todo aquele rock e guitarra em alto e bom som, toda a platéia sentada não combinava e a vontade de sair pulando era grande!
"Bambino" do "Ronaldo foi pra Guerra" e também presente no Acústico MTV (diga-se de passagem minha versão favorita), ganha um novo arranjo e continua animal!
Entra então "El Desdichado II" com a breve introdução de "essa música eu fiz para um amigo que morreu", história contada no livro, mas que acaba sendo uma canção autobiográfica e ganha uma alteração na letra com ele cantando: "o terror da próxima edição dos jornais que gritam, me devassam, mas não me silenciam".
Detalhe nessa música para a bateria que ganha ares de escola de samba no refrão e a performance alucinada do Lobão.
Uma paradinha e a introdução de "Decadence Avec Elegance" é a senha para o pessoal se levantar e descer para perto do palco, que logo fica repleto de gente em frente. O que graças a ótima disposição de lugares do auditório não prejudica em nada a visão pra quem, assim como eu, ficou sentado no seu lugar.
Vem depois - e não necessariamente nesse ordem por que não decorei o setlist - "Tão Menina", música feita para a irmão do Lobão e também do "A vida é doce", "Canos Silenciosos", para delírio da galera, "A Queda", igualmente delirante e "Me chama" cantada em uníssono pela platéia, afinal clássicos são clássicos!
A seguir com a breve apresentação de que essa canção está no filme cilada.com (ele não fala o filme, apenas que é do amigo dele Bruno Mazzeo), começa uma das canções mais bonitas na minha opinião, "Por Tudo Que For" que tem um momento épico com o solo de guitarra!
Seguida por mais uma balada, e parceria com o Júlio Barroso, "Noite e Dia". E eu já ia me esquecendo, com certeza foi tocada antes, mas teve "Os tipos que eu não fui", também do disco Ronaldo Foi Pra Guerra, com um novo arranjo simplesmente espetacular! Já gostava da original, gostei ainda mais da versão ao vivo!
Então é anunciada a música inédita que abre o livro, "Das Tripas Coração", que foi feita em homenagem ao Júlio Barroso, Cazuza e Ezequiel Neves. (Pra minha surpresa eu já tinha decorado a letra!)
Você confere ela e a letra no final do post, ok?
Rolou ainda "Vida Louca Vida", "Vida Bandida" com direito a mosh de um cara que subiu no palco para pular, "A vida é doce" também compareceu com mais uma interpretação apaixonada do Lobão, e "Song For Sampa", que é inédita e fecha o livro, dedicada a São Paulo (não diga!) e com o telão no fundo mostrando o trânsito de carros na terra da garoa. Pra fechar veio "Rádio Blá" com break para apresentação da banda e encerrando o show para muitos aplausos e o grito de mais um!
Na volta do bis, para minha mais completa alegria, ele tocou "Você e a Noite Escura" que eu não entendo como um música tão boa assim pode não ter tocado no rádio! Teve a belíssima canção de amor "Vou Te Levar" e na sequência ele fez uma versão de Help que nem sei como descrever, meio blues arrastado, meio Lobão, enfim, achei foda!
E pra fechar com muita alegria o show, como ele mesmo diz, talvez a única música alegre que ele fez, "Corações Psicodélicos"!
ufa... terminava assim o melhor show de rock nacional que eu já assisti, o segundo show do lobão que eu assisto (curiosamente o primeiro foi o de lançamento do "Canções dentro da noite escura", meu disco favorito dele, que foi em Lorena!), e que me deu a certeza que tem gente fazendo rock nacional de altíssima qualidade fora do que toca nas rádios e tevês.
ah, pra finalizar um super elogio a banda que faz o show acontecer: Duda Lima no baixo e vocal, Michelle Abu na Bateria (com B maiusculo por que ela toca uma Barbaridade), André Bava na guitarra e um tecladista/percussionista/guitarrista que me fugiu o nome, mas que juntos fazem um show impecável. E claro o Lobão, que nos altos dos seus 50 anos faz um show cheio de energia, fúria e ternura!
Dou boa noite para vocês e espero que gostem da música abaixo! =)

Das Tripas Coração
(Lobão)

Quem foi que disse a você, quero saber
Que perder é o mesmo que esperar?
Quero saber quem é que vai ficar tranquilo
perdido na beira do abismo, sangrando?
Se você pudesse ter alguém de joelho aos teus pés
A pedir o teu final
Sussurrando todo seu calor na tua orelha
Procurando uma palavra que não fosse em vão
Que fizesse você compreender...

Que eu abandono meu lugar rasgando as veias
Derramando o meu amor pelas areias
Anuncio um lindo sol radiante
A última alvorada em teu semblante
E na perfeição de um céu sem sombras
A gente vai se encontrar

Quem é que vai zombar desse Deus trapaceiro
Nesse Rio de Janeiro
Quem é que vai anunciar a próxima atração
E uivar pra lua cheia gargalhar dos tormentos do mundo

Quem é que vai ficar sorrindo jogando palavras ao mar
Vendo a terra toda estremecer
Quero saber quem é que vai guardar toda essa dor
De ficar sozinho no convés sem a tripulação
Sou eu...

Que abandono meu lugar rasgando as veias
Derramando o meu amor pelas areias
Anuncio um lindo sol radiante
A última alvorada em teu semblante
E na perfeição de um céu sem sombras
A gente vai se encontrar

E das tripas coração mais uma tarde
Pra levar o meu amor pra eternidade
Meu amigo, por favor, me aguarde
Que a gente vai se encontrar
Que a gente vai se encontrar


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dia Mundial do Rock



Hoje é Dia Mundial do Rock, e em homenagem a essa data vou postar novamente um poema que escrevi há quase 2 anos... enjoy!

Sobre o Rock

O rock é vida
Te anima, te inspira e te aquece
O rock é morte
Te droga, te embebeda e suicida

O rock é fácil
Três acordes, atitude e coragem
O rock é dificil
Trabalho duro e muita dedicação

O rock é tudo
guitarra, baixo e bateria
O rock é nada
sua companhia sozinho no quarto

O rock é leve
sexo, drogas e diversão
O rock é pesado
uma voz no seu ouvido no trabalho

O rock é paz
Cantando o amor com rosas nas mãos
O rock é guerra
Disparando contra todos numa batalha

O rock é amor
Que você sente e te acolhe
O rock é odio
Que você descarrega e alivia
O rock errou
Já diria Lobão
O rock acertou
Com a guitarra na mão

O rock é um motorista
Dirigindo pela cidade a noite
Vendo um mendigo sentado num banco
Cantando elvis para o cachorro

O rock é antigo
Vallens, lennon e Stones
O rock é novo
hermanos, Radiohead e Strokes

O rock é viagem
Page, Hendrix e Clapton
O rock é delirio
Syd, Cobain e Morrison

O rock é um mágico ilusionista
Que te abre as portas de percepção
É sua escada para o céu
Sua estrada para o inferno

(Rodrigo Fonseca - 10/09/2009)

terça-feira, 12 de julho de 2011

Mais uma lista e a justa homenagem a Johnny Cash

Aí que na semana passada a revista NME divulgou a sua lista de 100 melhores clipes de toda a história, e foi uma boa surpresa ver que muitos clipes que listamos aqui estão entre os que eles escolheram também!
A lista completa, inclusive com os videos de todos os clipes, pode ser encontrada nesse link ai: http://www.nme.com/list/100-greatest-music-videos/217342
Não vou avaliar a lista e embora a segunda posição com Just do Radiohead vá render um post futuro, quero comentar apenas o primeiro lugar, Johnny Cash e sua versão magistral de Hurt!
Cash (falecido em 2003) é bem novo na minha playlist, deve ter menos de 2 anos e entrou quando um amigo me passou uma coletânea do "Man In Black" e enquanto ia sendo apresentado a Ring of Fire, Jackson, Man in Black e outros sucessos, me surpreendo com a canção que fechava o CD, The Wanderer do U2!
E foi aí que me dei conta que ele cantava a última canção do Zooropa, que eu conheço desde 98 mas por um desses pecados de negligenciar os créditos do encarte do CD, não sabia quem cantava.
Depois dessa apresentação tive um maior interesse pela obra e história do cantor folk/country com voz grave e estilo inconfundível. E aí um tempo depois assisti a "Johnny & June" (2005)  que conta a história de Cash, seu começo, as turnês junto com Jerry Lee Lewis e Elvis (que apresentaria a ele as anfetaminas), as drogas e o amor pela June Carter. O filme é excelente e a atuação do Joaquin Phoenix no papel principal é sem dúvida uma das melhores da carreira do ator. Recomendo que assistam, se é que ainda não o fizeram.
E aqui voltamos ao ínicio do post, a lista dos melhores clipes da NME, com Johnny Cash e sua - já falei que é brilhante? - versão de Hurt

Hurt
(Trent Rezno do Nine Inch Nails)

I hurt myself today
To see if I still feel
I focus on the pain
The only thing that's real

The needle tears a hole
The old familiar sting
Try to kill it all away
But I remember everything

What have I become?
My sweetest friend
Everyone I know goes away
In the end

And you could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt..

I wear this crown of thorns
Upon my liar's chair
Full of broken thoughts
I cannot repair

Beneath the stains of time
The feelings disappear
You are someone else
I am still right here

What have I become?
My sweetest friend
Everyone I know goes away
In the end

And you could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt

If I could start again
A million miles away
I would keep myself
I would find a way



quinta-feira, 16 de junho de 2011

God Put a Smile Upon Your Face

Pra quebrar o 1 mês sem postar vai aí um ColdPlay, presença rara por aqui, mas é um canção que acho muito legal!

God Put a Smile Upon Your Face
(Coldplay)

Where do we go nobody knows
I've gotta' say i'm on my way down
God give me style and give me grace
God put a smile upon my face

Where do we go to draw the line
I've gotta' say i've wasted all your time, honey honey
Where do i go to fall from grace
God put a smile upon your face, yeah

Now when you work it out i'm worse than you
Yeah when you work it out i want it too
Now when you work out where to draw the line
Your guess is as good as mine

Where do we go nobody knows
Don't ever say you're on your way down, when
God gave you style and gave you grace
And put a smile upon your face, oh yeah

Now when you work it out i'm worse than you
Yeah when you work it out i want it too
Now when you work out where to draw the line
Your guess is as good as mine

It's as good as mine 

As good as mine
Where do we go nobody knows
Don't ever say you're on your way down, when
God gave you style and gave you grace
And put a smile upon your face

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Folha em branco

Estou aqui, caneta na mão e uma folha em branco na frente. Pensando em escrever, querendo escrever mas sem conseguir começar.
Eu encaro a folha em branco, e posso jurar que ela me encara de volta. Mas com um olhar de deboche, como que rindo da minha incapacidade de escrever. Se ela pudesse falar diria:
"Vai ficar aí parado sem fazer nada? nem uma palavra? nem um rabisco?"
Me chamaria de covarde e diria que para escrever mais um texto tosco, era melhor nem começar mesmo.
E eu vou ficando envergonhado com o desafio dela, sinto as palavras fugindo de mim, solto um suspiro e abaixo a caneta já em sinal de desistência. Como um cachorro com o rabo entre as pernas vai se afastando...
Mas então a folha me encara de volta. Mas dessa vez o olhar é diferente, como um cachorro sem dono que não quer ficar ali sozinho. Ela suplica:
"Não desista, você não pode me deixar aqui intocada! Sem você, sem suas ideias e palavras eu sou imcompleta, não cumpro meu proposito! Não me deixe eu preciso de você..."
Com esse apelo emocionado retomo a coragem e tomo uma resolução, escolho e tema e começo a escrever.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Um primeiro quartil Rock'n'roll!

Estava eu aqui com meus botões olhando tudo que musicalmente aconteceu nesses primeiros 4 meses do ano e me dei conta que eles foram bem rocker!
Tivemos 3 lançamentos que sem dúvida chacoalharam a cena rock'n'roll/Indie e sem contar outros bons e não menos importantes discos lançados!
Começou com Radiohead e com seu The King of Limbs que foi comentado aqui.
Depois tivemos o Beady Eye (o Oasis sem o Noel) com o Different Gear, still Speeding aqui.
O melhor lançamento do ano até agora com os Strokes e seu Angles, também comentado aqui.
Teve ainda o Foo Fighters com o Wasting Light que não ganhou um post só dele mas foi citado aqui.
O R.E.M. com o Collapse Into Now e o Cake com o Showroom of Compassion não ganharam post no blog mas também contribuiram para o bom fechamento do quartil.

Sem contar o show do U2 que foi o grande evento desse início do ano aqui em terras tupiniquins.
De negativo mesmo, só a produção nacional que continua devendo (e muito).

E pra começar no segundo quartil que promete alguns documentários (Pearl Jam e Foo Fighters) e vários shows (Clapton, Strokes, Pearl Jam e Foo Fighters) vou fechar com o lançamento de hoje, que é o novo trabalho solo do Eddie Vedder, a canção "Longing to Belong" do novo disco "Ukelele Songs" que deve ser lançado em breve!
Enjoy

terça-feira, 26 de abril de 2011

Shows de rock sem sair da casa?

Nesse mês de Abril tivemos dois eventos que proporcionaram aos internautas brasileiros (e do mundo todo também) assistir a grandes concertos de Rock no conforto da sua casa! O que é uma grande conquista se você considerar a dificuldade que ainda é assistir um show internacional aqui no nosso o país.
O primeiro foi dia 12 de Abril, quando o Foo Fighters fez uma apresentação memorável no estúdio do Late Show with David Letterman para lançar o seu novo disco "Wasting Light"!
Show com a banda toda arrumadinha, de terno e gravata e imagem e Preto & Branco no melhor estilo Beatles na década de 60, em que a banda tocou na integra o disco novo, e depois com a imagem colorida, muita descontração e um Dave Ghrol super simpático fazendo piadas o tempo todo, tocaram grandes sucesso da carreira da banda!
Se você perdeu tudo isso, pode conferir o que rolou aqui:

Ou ter um gostinho com I Should Have Know :

E aí no mesmo fim de semana, começando na sexta, dia 15 de Abrill, teve início o Coachella (que você pode conferir mais informações nesse post aqui) que também teve transmissão ao vivo via http://www.youtube.com/coachella, com direito a 3 canais transmitindo até 3 shows simultaneos! No canal do youtube você pode conferir vários clipes do que rolou lá!
E embora tenha tido grandes shows (eu gostei muito do The National), a grande atração do festival foi o show dos Strokes na noite de domingo. Com um show lançando o disco "Angles" (que você já leu sobre aqui) de pouco mais de 1 hora, com direito a zoar a próxima atração (que era o Kayne West) e algumas cervejas no palco, a banda levantou a galera no festival e alcançou os #TTbr's como a principal atração da internet no domingo a noite!
Ponto negativo foi o show ser transmitido em Preto & Branco, o que não favoreceu tanto mas mesmo assim vale muito a pena assistir!




Espero que aproveitem e curtam os links dos shows, lembrando que os Strokes estão confirmados para o festival Planeta Terra 2011 em São Paulo no dia 05 de Novembro e tudo indica que o Foo Fighters também vem pra cá no segundo semestre!

sábado, 16 de abril de 2011

Um dia desses (Tudo pode acontecer)

Como dormir bem e acordar de bom humor fazem diferença né?
Tanto que consegui depois de muito tempo compor um música nova! Segue a letra e o video (sim, gravei um video!) da música:

Um Dia Desses (Tudo Pode Acontecer)
Rodrigo Fonseca - 16/04/2011

Passo os dias vendo você
Será que você me vê?
Nos meus sonhos, te encontro em uma estação
o que vai acontecer?
Imagino coisas, situações
Para ter o que te dizer
Sei que é estranho, é anormal
Mas só penso em você

Um dia desses vou lhe dizer, o que sinto por você
Um dia desses... tudo pode acontecer


quinta-feira, 14 de abril de 2011

Mixtapes do Coachella 2011

Amanhã, dia 15 de Abril, tem inicio a decima segunda edição do Festival  Coachella na cidade de Indio, California!
E pra celebrar o ínicio do festival e seu line-up de dar inveja aos nossos festivais (e fazer o rock'in'rio enterrar a cabeça na areia da praia) meu amigo @flaveus teve a iniciativa de comentar quais seriam seus shows elegidos e criar uma MixTape com essas bandas.
Tudo isso divulgado no twitter e que agora reproduzo aqui para vocês na forma mais tuiteira e didática possivel!

@Flaveus says:
Pra quem não viu aqui estão os set-times do Coachella 2011: http://www.coachella.com/event/set-times
Rapaziada and sweets gals, to terminando o meu lineup do Coachella 2011, se eu animar faço uma MIXTAPE mas tem q animar dá umas 40 bandas.
Lembrando que o lineup é baseado nos set-times, tem várias ocasiões que duas ou até 3 bandas se enfrentam e vc tem que escolher.
Aeee fiz a a MIXTAPE dos shows mais legais da sexta no Coachella. Vou mandar o link no próximo tweet, DOWNLOAD IT!
Chegou a hora... vou divulgar a minha Friday "I'm not in Coachelove" A.K.A. Sexta no Coachella.

Sexta:

Lembrando minha listinha da sexta: Titus Andronicus, The Drums, Warpaint, The pains of BPaH, Tame Impala, Kele, Interpol, Marina and the Diamonds, The Black Keys, KoL, Chemical Brothers
Sexta - http://www.mediafire.com/?v8rid91w2448d31 #MIXTAPE #COACHELLA2011

Sabado:

Cara eu to pagando um pau pra MIXTAPE de sábado do Coachella 2011, ficou FUCKINFODASTIC -> http://www.mediafire.com/?w1gquasopw1agzg
MIXTAPE SÁBADO: The Joy Formidable, Cults, Foals, Two Door Cinema Club, Jenny and Johnny, Broken Social, Bright Eyes, the Kills
Mumford & Sons, Animal Collective, Empire of the Sun, Arcade Fire
Sábado - http://www.mediafire.com/?w1gquasopw1agzg #MIXTAPE #COACHELLA2011

Domingo:

Agora vou colocar os shows que eu iria no domingo, mas a MIXTAPE farei amanhã - sempre por ordem de horário - A melhor banda da Terra ta lá.
The Strokes, Bloody Beetroots, depois do Beetroots eu iria pra casa descansar bom show Kanye
Delorean, OFF!, CSS, Ellie Goulding, Best Coast, Foster the People, the National, Chromeo
Domingo - http://www.mediafire.com/?jx1iytx18l05tal #MIXTAPE #COACHELLA2011
Algumas curiosidades sobre o festival para vocês:
  • O Line Up desse ano esta aqui: http://www.coachella.com/event/lineup que tem pra mim os Strokes como grande atração
  • O Set Times esta aqui: http://www.coachella.com/event/set-times
  • O primeiro festival só ocorreu em 1999 porém o embrião foi lançado em 1993 com um show do Pearl Jam para quase 25 mil pessoas na cidade na epóca do boicote da banda a Ticketmaster
  • Ano passado o Them Crooked Vultures tocou lá e o festival foi visto por cerca de 230 mil pessoas!
  • Em 2007 o festival marcou a volta da formação original do Rage Against The Machine
  • Em 2006 a banda que voltou aos palcos no festival foram os Pixies, sendo o grande headeliner o Radiohead
Espero que gostem das Mixtapes do Flaveus e deixem ai as opiniões de quais bandas gostariam de ver!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

The Unforgettable Fire

Por onde começar a falar do show do U2 de domingo, 10 de abril de 2011?
Da fila kilometrica da entrada? Tinha pensando em cornetar a organização mas vou pular essa parte. Vou começar do sinal que a noite realmente seria especial. Durante toda a espera na fila a chuva não deu tregua, porém foi entrar no estádio e poucos minutos antes do show de abertura a chuva parou e o céu abriu, era o sinal!
O Muse entrou no palco para abertura pontualmente as 19h30 e fez um belo show. Não conhecia muito do som dos caras mas gostei do que vi, muita energia e um bom repertório! Ficou de lição de casa baixar umas musicas deles para conhecer melhor.
Durante a espera pelo U2 o DJ mandou Machu Picchu dos Strokes e Lotus Flower do Radiohead que ajudaram a aquecer os motores até começar a tocar Minha Menina com Mutantes e Jorge Ben que fez todo mundo levantar. Então o telão vira uma nave espacial e das janelas você acompanha Bono, The Edge, Larry e Adam subindo ao palco até que as luzes se apagam e começa de verdade o espetáculo!
Even Better Than The Real Thing abriu a noite assim como no show anterior e na apresentação na argentina para ser seguida de um boa noite São Paulo (o primeiro de muitos por vir) e a apresentação da próxima música, o primeiro single da banda que não era tocado desde 2006, Out Of Control. Daí pra frente o show pegou fogo com uma sequência muito boa (você pode ver o setlist aqui) até que a banda para e o Bono fala que ama o brasil, que sabe que é cliche e todo mundo fala isso, mas ele fala a verdade e realmente nos ama, assim como sabe que nos amamos eles! E aí foi que tive certeza da vocação de showman dele, que vira para o público e diz que o Edge é meio cético com relação ao nosso amor, que sabe que amamos outras bandas como Muse, Radiohead, Killers e pede para que a galera demonstre para o Edge que o seu amor pelo U2 é maior! O público responde a altura e começa I Still haven't found what a I looking For com todo mundo cantando junto. Durante a música o Bono dá um tapinha nas costas do Edge como quem diz: "não disse que eles nos amavam".
Depois um momento mais intimista com apenas o Bono e o Edge no palco tocando a bela North Star que não esta em nenhum CD seguido pela explosão de Beautiful Day com direito ao Bono mandando "We are Sargent Peppers Lonely heart club band, we hope you enjoy the show, We are Sargent Peppers Lonely heart club band, we'd like to thank you once again" no final pra minha mais completa alegria!
Então segue um pequeno discurso do Bono, o Edge vai para o teclado e rola Missa Sarajevo. Aí o palco escurece completamente e quando acende você percebe que o telão se esticou e cobriu o palco todo, você não vê a banda, mas eles estão lá tocando pela primeira vez na história Zooropa na integra! Nem preciso dizer que foi a grande surpresa no setlist né? até por ser uma canção completamente lado B de um disco que também é lado B na discografia da banda, embora tenha uma jóia como Stay (farway, so close) que infelizmente não entrou no setlist.
Aí o telão encolhe um pouquinho pra que você possa ver a banda de novo e começa City of Blinding Light pra tirar a galera da inércia pós-zooropa, com o Bono cantando Singing on the Rain no finalzinho, clara homenagem a chuva paulistana.
Depois de todo mundo pular com Vertigo, o Larry sai da bateria batucando e andando pelo palco enquanto a banda faz uma versão remix (e que eu demorei pra reconhecer) de I'll go crazy if you don't go crazy tonight, e enquanto o Larry volta para as baquetas mais um pequeno discurso e imagens da Libia no telão e começa Sunday Bloody Sunday que eu sinceramente não esperava no setlist.
E logo depois vem o momento mais emocionante do show na minha opinião quando a banda toca Walk On depois de uma homenagem a ativista Aung San Suu Kyi, de Mianmar, Prêmio Nobel da Paz libertada no fim de 2010 após 20 anos presa. E na sequencia enquanto o Bono faz um discurso sobre a pobreza e quão importante é lutar contra ela, várias pessoas sobem ao palco carregando luzes que pareciam velas e as colocam ao redor do palco para criar o clima para One! Foi a parte mais bonita do show!
Aqui vou abrir um parenteses pra falar dos discursos e elogios que o Bono fez durante o show. Claro que o "nos amamos o brasil" e todos os elogios ao pais (que incluiu até o governador Geraldo Alkmin) e "o Brasil não é o pais do futuro, é o pais do agora" são cliches. E os discursos contra a pobreza, miséria, AIDS podem parecer que ele esta "fazendo média" ou sendo marketeiro, mas vendo tudo ali, ao vivo, tive a certeza que ele luta por aquelas bandeiras de coração e aproveita o seu prestígio e visibilidade para levar a mensagem em frente. E acho isso muito legal, por que em meio a tantos idolos auto-destrutivos que o rock tem, também é importante ter alguem "bonzinho" para lembrar que fazer do mundo um lugar melhor depende de todos nós.
E pra não me alongar ainda mais com o Bis 2 que foi matador, eles fecharam ao som do With or Without you (não podia faltar né?) seguido de Moment Of Surrender com o Bono pedindo para apagar as luzes do palco e só deixar as luzes da galera, que foi demais!
Sinceramente, foi o melhor show que já assisti em termos de espetáculo! Tudo é perfeito, o telão e iluminação são sem comentários, e até o cuidado de colocar legendas simultaneas para que todos pudessem entender o que ele estava falando demonstra o carinho que eles tem com a turnê e a atenção com os fãs!
Pra não falar que não faltou nada, faltou eles tocarem Breath do No Line on the Horizon que é minha música favorita desse disco, mas claro que pra tocar todas as músicas que eu gosto o show deveria ter bem mais que as duas horas de duração que teve.
De todo modo, como o Bono mesmo falou antes do último bis, domingo foi uma "unforgettable night" e por isso o título do post citando o primeiro disco da banda a ganhar o Grammy!

SetList do Show do U2, São Paulo, 10 de Abril de 2011

Pra não deixar o post sobre o show tão longo, resolvi separar o setlist nesse aqui.


Even Better Than The Real Thing

Out Of Control

(Tour debut, first time since 2006)

Get On Your Boots

Magnificent

Mysterious Ways

Elevation

Until The End Of The World

I Still Haven't Found What I'm Looking For

Pride (In The Name Of Love)

North Star

Beautiful Day

(with 'Blackbird' and 'Sgt.Pepper's Lonely Hearts Club Band' snippets)

Miss Sarajevo

Zooropa

(Tour debut, first full performance ever)

City Of Blinding Lights

(with 'Singing in the Rain' snippet)

Vertigo

(with 'Helter Skelter' snippet)

I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight

(Remix version, with 'Relax' … and 'Two Tribes' snippets)

Sunday Bloody Sunday

Scarlet

Walk On

(with 'You'll Never Walk Alone' snippet)

One

Where The Streets Have No Name

(with 'Amazing Grace' intro)

Ultraviolet (Light My Way)

With Or Without You

Moment of Surrender

quarta-feira, 23 de março de 2011

Um post que eu já devia ter feito

Esse vai ser rápido! Estou eu aqui, trabalhando e ouvindo o disco "Noite" do Lobão (Já disse que foi esse o CD que me fez gostar de Lobão?) quando começa a tocar "Me Beija" e me lembro que já pensei um dúzia de vezes em postar essa música aqui, e nunca fiz isso. 
(embora já tenha citado ela nesse post aqui)
Então para não ficar mais "passando vontade" vai aí essa que pra mim é uma das melhores do disco!

Me Beija
(Lobão)
Deixa o que for te acontecer
Sua insegurança lentamente vai parar
De te esconder
Viva e não tenha medo não
Que a pose é a medida
De toda a nossa pretensão
Livre os teus gestos de ensaiar
Felicidade é coisa que não dá
Pra se premeditar
Calma não há nada a conseguir
Nem vitória, nem derrota
Nem troféu pra exibir
Deixa o teu riso aparecer
Não dissimule nada sem pensar como se defender
Deixa essas coisas para tras
A vida é bem mais simples
Do que geralmente a gente faz
Me beija, na rua a lua apareceu
Você, a lua, a rua e eu
 
RAP DO CHAFARIZ
(Incidental: Plínio Profeta)
Ser feliz pra sempre, é o que você me diz
Vou tomar banho num chafariz imundo
No meio do centro da cidade
A felicidade não é fácil definir
Mas para alguns é não saber pra onde ir
Vou com cinquenta centavo
E vou me divertir, neguinho
E vou sozinho
E vou deixar acontecer o que vier no meu caminho
Eu vou deixar o que for acontecer

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dois discos e um post!

Pra tirar o blog do marasmo que ele entrou nesse mês de março e também pra matar dois coelhos discos com uma cajadada post só!

Vamos começar pelo "Different Gear, Still Speeding" do Beady Eye, a banda do Liam Gallagher ou se você preferir o Oasis sem o Noel.
Pra mim nada define melhor o primeiro trabalho da banda que o nome do disco! É diferente mas mantém a qualidade. Claro que o Noel e sua guitarra fazem falta - eu pelo menos senti e estou mais curioso pelo trabalho solo dele do que estava pelo do irmão - e é nítida a mudança de direção em relação ao último trabalho do Oasis, Dig Out Your Soul. Esse disco busca referências no passado, seja do Oasis ou de bandas que influciaram, como "Beatles and Stones" na faixa homonima, e conta com ótimas baladas como The Roller e Kill for a Dream.
Também é um disco de fácil digestão, principalmente se você já for fã do Oasis, e embora eu tenha gostado fiquei com aquele gostinho de "mais do mesmo".
Vou deixar Kill for a Dream para vocês degustarem:


Já o próximo disco foi com certeza bem mais aguardado do que o citado acima. Falo do "Angles" dos Strokes (como diria meu amigo Flavio, a melhor banda desse século), o primeiro trabalho da banda desde do "First Impressions of the Earth" num já distante ano de 2006. 
Dois posts abaixo você encontra a letra e o post falando do primeiro single desse disco lançado mês passado, que já mostrava que o Strokes voltavam com força total, e voltaram mesmo!
Mas não pense que você vai ouvir um disco "mais do mesmo" pois você não vai! A banda se reciclou nesses anos de intervalo, e por mais que "Under Cover of Darkness" remeta aos primeiros Strokes, as demais apresentam uma nova roupagem com um o vocal melhor e mais maduro do Julian e algumas faixas mais eletrônicas (como a faixa Games), e as guitarras e baixo sempre muito competentes. E por mais que na primeira audição você ache o disco um pouco estranho, vale a pena dar mais uma (ou várias) chances por que é sem dúvida um ótimo disco. 
Destaque para... OK, eu ia citar mas percebi que ia acabar falando 8 das 10 músicas do disco então ouça você e me diga quais os destaques que você achou.
Vou fechar o post com eles tocando Gratisfaction ao vivo, o video não tá lá grande coisa, mas quebra o galho!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

The King of Limbs

E na sexta passada o Radiohead lançou seu novo CD, The King of Limbs, novamente pela internet só que dessa vez o preço já veio definido, USD 9,00 a versão MP3 e USD 14,00 a versão wave com qualidade melhor! Ainda tem a versão Newspaper Album com 2 discos de vinil, artwork e etc!
O discos conta com 8 músicas que totalizam um pouco menos de 40 minutos que sucedem o "In Rainbows" muito bem, embora não consiga superar o trabalho anterior (o que convenhamos, era bem díficil).
O novo disco também é de digestão lenta, mas depois da segunda ou terceira audição você não vai conseguir esquecer o refrão "don't hurt me" de Give Up the Ghost ou "wake me up" de Separator!
Eu senti falta de mais guitarras guiando as músicas nesse trabalho, que era na minha opinião o ponto alto do In Rainbows. Mas aí para minha surpresa e para matar meu desejo de ouvir guitarras e violão, achei uma apresentação do Thom Yorke no Cambridge Corn Exchange de 2010 em que ele apresenta algumas músicas do disco sozinho! A versão de Lotus Flower - que teve o clipe lançado também na última sexta com o Yorke dançando e já tem várias paródias por aí - só com ele na guitarra ficou melhor do que a CD na minha opinião.
E pra compartilhar com vocês, deixo as três músicas citadas no post para vocês apreciarem!






quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Under Cover of Darkness

E foi em um já distante ano de 2006 que eu citei aqui no blog o último disco do The Strokes, First Impressions of the Earth. Na época o disco tinha sido lançado a pouco tempo e eu fiz o post com saudades da minha irmã que havia mudado a uns 20 dias para os Estados Unidos.
Então ontem, depois de praticamente 5 anos, os Strokes finalmente lançaram o novo single que dá nome ao post. A banda liberou no seu site o single para download gratuito por 48 horas e o novo disco "Angles" vai ser lançado em 22 de Março! A procura pelo download foi tão grande que o site da banda ficou fora por algum tempo e o link para download demorava uma eternidade para chegar na sua caixa de email! 
Isso foi até um bom sinal, por que mostra que muita gente estava ansiosa pelo lançamento, ansiosa por rock de qualidade e músicas novas!
Como o Julian Casablanca canta na música "everybody's been singing the same song ten years" e ainda bem que eles resolveram - seja por dinheiro, por amor a música ou qualquer outro motivo - voltar a se reunir para que tenhamos novas músicas para cantar!
Segue abaixo a música e a letra para vocês aproveitarem!


Under Cover of Darkness
(The Strokes)

Slip back out of whack,
At your best.
It's a nightmare,
So I'm joining the army.

Know how folks back out,

I still call.
Will you hate for me now?

We got the righteous advice to use it

Got everything but you can just choose it
I won't just be a puppet on a string

Don't go that way.

I'll wait for you.

And I'm tired of all your friends

Listening at your door
And I won't,
I better call you.

So long, my friend

And adversary.
But I will call you.

Get dressed, jump out of bed

And do it best.
Are you OK?

I've been out around this town
And everybody's been singing the same song ten years.

I'll wait for you.

Will you wait for me too?

And they sacrifice their lives

In our land are all closed eyes.
I've been saying we're beaten down,
I won't say it again.

Before long, my end.

The sorry embrace.

Don't go that way.

I'll wait for you.

I'm tired of all your friends,

Knocking down your door.
Get up in the morning, give it your all.
So long, my friend
And adversary.

I'll wait for you.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

4 acordes e um canção!

E tinha tempo que eu não escrevia sobre música aqui no blog, então vamos lá!
O Neil Young tem um trabalho de 1995 chamado MirrorBall que foi gravado com o Pearl Jam! Isso mesmo, músicas do Neil Young tocadas por ele e Eddie Vedder e sua trupe! Por questões autorais e tal, eles não puderam utilizar o nome Pearl Jam, porém todas as faixas são tocas pelo Mike McCready (Guitar); Stone Gossard (guitar); Jeff Ament (bass); Jack Irons (drums) e Eddie Vedders (Backing Vocals). A banda inclusive acompanhou o Neil em alguns show pela Europa - menos o Eddie - junto com o tecladista O'Brian. Outra curiosidade é que tudo foi gravado em 4 dias em Seatle e várias músicas foram escritas (todas pelo Neil Young e "Peace and Love" em parceria com o Vedder) durante as jam sessions que eles faziam.
Peace and Love que eu já citei é uma das grandes canções do disco, assim como "Downtown" que traz referência a Led Zeppelin e Hendrix e "Song X" que fala sobre o aborto.
A minha favorita é uma canção de 4 acordes, sequencia em G (sol) que tem seus 7:36 e uma letra sem refrão. Não sei dizer sobre o que ela fala (embora o tema principal seja amadurecimento), provavelmente você vai ter uma interpretação diferente da minha, então vou apenas deixar a letra e o video para que você se divirta!
Enjoy!

I'm the ocean
(Neil Young and Pearl Jam - MirrorBall)

I'm an accident
I was driving way too fast
Couldn't stop though
So I let the moment last
I'm for rollin'
I'm for tossin' in my sleep
It's not guilt though
It's not the company I keep

People my age
They don't do the things I do
They go somehwere
While I run away with you
I got my friends
And I got my children too
I got her love
She's got my love too

I can't hear you
But I feel the things you say
I can't see you
But I see what's in my way
Now I'm floatin'
Cause I'm not tied to the ground
Words I've spoken
Seem to leave a hollow sound

On the long plain
See the rider in the night
See the chieftain
See the braves in cool moonlight
Who will love them
When they take another life
Who will hold them
When they tremble for the knife

Voicemail numbers
On an old computer screen
Rows of lovers
Parked forever in a dream
Screaming sirens
Echoing across the bay
To the old boats
From the city far away

Homeless heroes
Walk the streets of their hometown
Rows of zeros
On a field that's turning brown
They play baseball
They play football under lights
They play card games
And we watch them every night

Need distraction
Need romance and candlelight
Need random violence
Need entertainment tonight
Need the evidence
Want the testimony of
Expert witnesses
On the brutal crimes of love

I was too tired
To see the news when I got home
Pulled the curtain
Fell into bed alone
Started dreaming
Saw the rider once again
In the doorway
Where she stood and watched for him
Watched for him

I'm not present
I'm a drug that makes you dream
I'm an aerostar
I'm a cutlass supreme
In the wrong lane
Trying to turn against the flow
I'm the ocean
I'm the giant undertow

I'm the ocean
I'm the ocean
I'm the giant undertow
I'm the ocean
I'm the giant undertow
I'm the ocean
I'm the ocean


PS: Detalhe para o final do video em que ele canta um trecho do Fallen Angel, do mesmo disco, com a mesma melodia, porém só com teclados no original.