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sábado, 16 de julho de 2011

Ainda existe rock nacional!

Sim senhores e senhoras! Ele ainda existe, não é colorido, e é do bão!
(E me desculpem se eu exagerar nos superlativos durante o post)
Acabo de chegar do show do Lobão no Auditório Ibirapuera, e esse show veio na hora certa. Eu estava meio indeciso se fazia ou não um post sobre a biografia dele que acabei de ler, e depois do show decidir deixar pra lá a biografia e falar que o rock nacional estaria bem melhor se nós tivessemos mais uns 5 ou 6 Lobões por aí!
Vamos ao que interessa:
O show que assisti faz parte da turnê Elétrico 2011 e essas duas apresentações (fui na de sexta, tem outra sábado) vão ser gravadas para o que deve se tornar o futuro DVD da turnê. E acho que a escolha do local foi excelente, o auditório Ibirapuera proporciona uma ótima acústica, confortável para a platéia, visão completa do palco de qualquer lugar que você sentar (os lugares são numerados e respeitados) e proximidade entre artista e platéia.
Antes do concerto começar, teve a exibição (era pré-estreia) do documentário Lobão - Não Há Estilo Sem Fracasso, um curta que fala sobre o lobão e seu relacionamento com as gravadoras, rádio, mainstream e sua prisão. O trailer você pode conferir aqui.
E aí após o breve filme que serve pra deixar um gosto de "quero mais" as luzes se apagam e a banda vem ao palco, e a introdução vem com uma pauleira de primeira qualidade, com um riff que me lembrou "In my Time of Dying" do Led nos primeiros minutos, e que vou ficar devendo o nome da música de abertura, por que não consigo lembrar o nome agora.
Na sequência veio "Mais uma vez" do disco "A vida é doce" com um arranjo bem mais legal e pesado! Alias, todas as músicas estão mais pesadas, e o show realmente faz jus ao nome de ELÉTRICO!
Logo que pensei que para todo aquele rock e guitarra em alto e bom som, toda a platéia sentada não combinava e a vontade de sair pulando era grande!
"Bambino" do "Ronaldo foi pra Guerra" e também presente no Acústico MTV (diga-se de passagem minha versão favorita), ganha um novo arranjo e continua animal!
Entra então "El Desdichado II" com a breve introdução de "essa música eu fiz para um amigo que morreu", história contada no livro, mas que acaba sendo uma canção autobiográfica e ganha uma alteração na letra com ele cantando: "o terror da próxima edição dos jornais que gritam, me devassam, mas não me silenciam".
Detalhe nessa música para a bateria que ganha ares de escola de samba no refrão e a performance alucinada do Lobão.
Uma paradinha e a introdução de "Decadence Avec Elegance" é a senha para o pessoal se levantar e descer para perto do palco, que logo fica repleto de gente em frente. O que graças a ótima disposição de lugares do auditório não prejudica em nada a visão pra quem, assim como eu, ficou sentado no seu lugar.
Vem depois - e não necessariamente nesse ordem por que não decorei o setlist - "Tão Menina", música feita para a irmão do Lobão e também do "A vida é doce", "Canos Silenciosos", para delírio da galera, "A Queda", igualmente delirante e "Me chama" cantada em uníssono pela platéia, afinal clássicos são clássicos!
A seguir com a breve apresentação de que essa canção está no filme cilada.com (ele não fala o filme, apenas que é do amigo dele Bruno Mazzeo), começa uma das canções mais bonitas na minha opinião, "Por Tudo Que For" que tem um momento épico com o solo de guitarra!
Seguida por mais uma balada, e parceria com o Júlio Barroso, "Noite e Dia". E eu já ia me esquecendo, com certeza foi tocada antes, mas teve "Os tipos que eu não fui", também do disco Ronaldo Foi Pra Guerra, com um novo arranjo simplesmente espetacular! Já gostava da original, gostei ainda mais da versão ao vivo!
Então é anunciada a música inédita que abre o livro, "Das Tripas Coração", que foi feita em homenagem ao Júlio Barroso, Cazuza e Ezequiel Neves. (Pra minha surpresa eu já tinha decorado a letra!)
Você confere ela e a letra no final do post, ok?
Rolou ainda "Vida Louca Vida", "Vida Bandida" com direito a mosh de um cara que subiu no palco para pular, "A vida é doce" também compareceu com mais uma interpretação apaixonada do Lobão, e "Song For Sampa", que é inédita e fecha o livro, dedicada a São Paulo (não diga!) e com o telão no fundo mostrando o trânsito de carros na terra da garoa. Pra fechar veio "Rádio Blá" com break para apresentação da banda e encerrando o show para muitos aplausos e o grito de mais um!
Na volta do bis, para minha mais completa alegria, ele tocou "Você e a Noite Escura" que eu não entendo como um música tão boa assim pode não ter tocado no rádio! Teve a belíssima canção de amor "Vou Te Levar" e na sequência ele fez uma versão de Help que nem sei como descrever, meio blues arrastado, meio Lobão, enfim, achei foda!
E pra fechar com muita alegria o show, como ele mesmo diz, talvez a única música alegre que ele fez, "Corações Psicodélicos"!
ufa... terminava assim o melhor show de rock nacional que eu já assisti, o segundo show do lobão que eu assisto (curiosamente o primeiro foi o de lançamento do "Canções dentro da noite escura", meu disco favorito dele, que foi em Lorena!), e que me deu a certeza que tem gente fazendo rock nacional de altíssima qualidade fora do que toca nas rádios e tevês.
ah, pra finalizar um super elogio a banda que faz o show acontecer: Duda Lima no baixo e vocal, Michelle Abu na Bateria (com B maiusculo por que ela toca uma Barbaridade), André Bava na guitarra e um tecladista/percussionista/guitarrista que me fugiu o nome, mas que juntos fazem um show impecável. E claro o Lobão, que nos altos dos seus 50 anos faz um show cheio de energia, fúria e ternura!
Dou boa noite para vocês e espero que gostem da música abaixo! =)

Das Tripas Coração
(Lobão)

Quem foi que disse a você, quero saber
Que perder é o mesmo que esperar?
Quero saber quem é que vai ficar tranquilo
perdido na beira do abismo, sangrando?
Se você pudesse ter alguém de joelho aos teus pés
A pedir o teu final
Sussurrando todo seu calor na tua orelha
Procurando uma palavra que não fosse em vão
Que fizesse você compreender...

Que eu abandono meu lugar rasgando as veias
Derramando o meu amor pelas areias
Anuncio um lindo sol radiante
A última alvorada em teu semblante
E na perfeição de um céu sem sombras
A gente vai se encontrar

Quem é que vai zombar desse Deus trapaceiro
Nesse Rio de Janeiro
Quem é que vai anunciar a próxima atração
E uivar pra lua cheia gargalhar dos tormentos do mundo

Quem é que vai ficar sorrindo jogando palavras ao mar
Vendo a terra toda estremecer
Quero saber quem é que vai guardar toda essa dor
De ficar sozinho no convés sem a tripulação
Sou eu...

Que abandono meu lugar rasgando as veias
Derramando o meu amor pelas areias
Anuncio um lindo sol radiante
A última alvorada em teu semblante
E na perfeição de um céu sem sombras
A gente vai se encontrar

E das tripas coração mais uma tarde
Pra levar o meu amor pra eternidade
Meu amigo, por favor, me aguarde
Que a gente vai se encontrar
Que a gente vai se encontrar


quarta-feira, 23 de março de 2011

Um post que eu já devia ter feito

Esse vai ser rápido! Estou eu aqui, trabalhando e ouvindo o disco "Noite" do Lobão (Já disse que foi esse o CD que me fez gostar de Lobão?) quando começa a tocar "Me Beija" e me lembro que já pensei um dúzia de vezes em postar essa música aqui, e nunca fiz isso. 
(embora já tenha citado ela nesse post aqui)
Então para não ficar mais "passando vontade" vai aí essa que pra mim é uma das melhores do disco!

Me Beija
(Lobão)
Deixa o que for te acontecer
Sua insegurança lentamente vai parar
De te esconder
Viva e não tenha medo não
Que a pose é a medida
De toda a nossa pretensão
Livre os teus gestos de ensaiar
Felicidade é coisa que não dá
Pra se premeditar
Calma não há nada a conseguir
Nem vitória, nem derrota
Nem troféu pra exibir
Deixa o teu riso aparecer
Não dissimule nada sem pensar como se defender
Deixa essas coisas para tras
A vida é bem mais simples
Do que geralmente a gente faz
Me beija, na rua a lua apareceu
Você, a lua, a rua e eu
 
RAP DO CHAFARIZ
(Incidental: Plínio Profeta)
Ser feliz pra sempre, é o que você me diz
Vou tomar banho num chafariz imundo
No meio do centro da cidade
A felicidade não é fácil definir
Mas para alguns é não saber pra onde ir
Vou com cinquenta centavo
E vou me divertir, neguinho
E vou sozinho
E vou deixar acontecer o que vier no meu caminho
Eu vou deixar o que for acontecer

domingo, 5 de dezembro de 2010

Lados B - Lobão

Após uma pequena ausência cá estou eu para compartilhar um pouco mais do meu gosto musical com vocês!
Essa semana foi lançada a biografia do Lobão - 50 Anos a Mil - e como ainda não comprei estava relembrando as músicas dele que tenho aqui  e me deparei com o CD "Noite" (1998). Se a discografia do Lobão fosse divida em lado A e lado B esse disco com certeza estaria no B! Quase ignorado pela mídia e sem um grande sucesso tocado nas rádios, acho que pouca gente conhece esse disco.
Ouvi esse cd pela primeira  quando o Marco Aurélio me emprestou ele dizendo que ganhou de presente, nunca tinha escutado direto e só gostava de uma música, Sozinha Minha. Levei pra casa e gostei dele desde de o primeiro instante que apertei o Play!
Embora eu ache que ele exagera um pouco nos arranjos eletrônicos,  as músicas tem letras excelentes e bons arranjos de guitarra que compõem o clima "noturno" do disco. Posso dizer sem medo que foi esse CD que me fez descobrir e gostar de Lobão!
E aí que no meio de tantas músicas que eu gosto desse disco, foi difícil escolher uma para postar aqui (o que provavelmente vai gerar um novo post só com a música Me beija) mas optei por aquela que inspirou o post!
Enjoy

Meu Abismo, Meu Abrigo
(Lobão)

Pára um pouco, descansa um pouco
Relaxa e olha pra mim
E vê se dá pra destravar
Que da minha parte, você sabe
Eu não quero nada além do que você consegue ser
Nem mais, nem menos
Então, vem agora
Meu amor, meu amor
A tua liberdade é tudo que eu quero desfrutar
Minta, inventa qualquer verdade, não importa
Se sinta à vontade pra poder dissimular
E, se por acaso, você ficar com medo
Tudo bem, eu também não tenho nada pra poder me segurar
Não sei não, mas talvez, seja isso
Essa falta seja o aviso
De que a gente não tendo outra escolha, arrange coragem
Pra admitir
Quem ama, não pode
Esperar nada de quem tudo se quer
Quem ama, não pode
Esperar nada de quem tudo se quer
Por isso, conta comigo
Pra qualquer destino
Meu abismo, meu abrigo
Só se vive o que se ama