Procurando alguns covers para o 505Indie, encontrei essa versão do Radiohead tocando Ceremony do Joy Divison, gravado durante um webcast que a banda fez em 9 de Novembro de 2007!
A versão não é muito diferente da original, porém a canção é excelente e eu simplesmente não consigo parar de ouvir!
E se quiser ouvir o original também, ela está aí embaixo numa versão demo do Joy Division, já que a canção tem também outra versão já com o New Order.
Ia passar em branco, mas eu acabei de me lembrar de como fiquei conhecendo os Strokes e achei que valia contar aqui como homenagem aos 10 anos que o disco de estréia da banda, "Is This It", completa hoje.
Eu tinha acabado de sair do colégio técnico e fazia meu primeiro estágio. E como bom estagiário que não tinha muita coisa pra fazer, passava parte das manhãs lendo jornal, em especial a Ilustrada e o Folha Teen da Folha de São Paulo. Eu lia religiosamente a coluna - já finada - "Escuta Aqui" do Álvaro Pereira Jr. que sempre trazia alguma novidade do rock - no caso Indie rock - e um CD Player que ele dava um Play, Stop e Pause para suas preferências.
Embora ele fosse um tanto rabugento (tô sendo bonzinho aqui) e detonasse as bandas nacionais, eu gostava de ler por que me apresentava um mundo novo que eu não tinha acesso na época. E salvo um engano da minha memória, foi na coluna dele que eu li pela primeira vez sobre os Strokes. A banda de Nova York que nem tinha gravado um disco e já diziam ser a salvação do rock, o novo Nirvana, e ainda por cima tinha um baterista brasileiro! A banda fazia apresentações explosivas nos clubs de New York e todo mundo estava ansioso pelo primeiro CD!
E aqui entra outro fato histórico, em 2001 o download de mp3 pela internet estava fervilhando! Todo mundo descubrindo aquela facilidade, as gravadoras (e o Metallica) querendo matar o Napster e quem baixasse música - como eles chamavam - "ilegalmente". Me aproveitei disso pra baixar 3 músicas que o Álvaro indicava; Modern Age, Last Nite e New York City Cops e bem... foi amor a primeira audição!
O disco saiu e eu e o Eduardo (um amigo que fazia estágio comigo) conseguimos convencer o Gil (que trabalhava com a gente) a comprar o CD e foi assim que pus as mãos naquele disco com a "bunda de fora" na capa! (A capa chegou a ser censurada no USA e ganhou uma versão alternativa)
Lembro ainda de ter lido uma crítica na Ilustrada que terminava da seguinte maneira: "Não é o novo Nirvana, são só os Strokes, mas isso já é um bom começo". E na verdade era um excelente começo!
Tanto que a última faixa do disco, Take It or Leave It, já intimava a abraçar a nova leva de banda que vinham na cola dos Strokes.
Se você pensar bem, a maior banda da década '00 como bem define meu amigo Flaveus, foi quem abriu alas para toda uma geração de bandas de Indie Rock que iria dar um novo gás pro bom e velho Rock'n'Roll.
Fico por aqui feliz por ter me lembrando de tanta coisa legal escrevendo esse post e deixo com vocês a letra e o video de...
Take It or Leave It.
(Strokes)
Leave me alone
I'm in control
I'm in control
And girls lie too much
And boys act too tough
Enough is enough
Well, on the minds of other men
I know she was
I said just take it or leave it
And take it or leave it
And take it or leave it
And take it or leave it
Oh, just take it or leave it
And take it or leave it
Oh, take it
I say oh, he's gonna let you down
He's gonna let you down
He's gonna let you down
And gonna break your back for a chance
And gonna steal your friends if he can
He's gonna win someday
I fell off the track
Now i can't go back
I'm not like that
Boys lie too much
Girls act too tough
Enough is enough
Well, on the minds of other girls
I know he was
I said you take it or leave it
And take it or leave it
And take it or leave it
And take it or leave it
Oh, just take it or leave it
And take it or leave it
Oh, take it
That's right
Oh, he's gonna let you down
He's gonna let you down
He's gonna let you down
And gonna break your back for a chance
And gonna steal your friends if he can
He's gonna win someday
Sim senhores e senhoras! Ele ainda existe, não é colorido, e é do bão!
(E me desculpem se eu exagerar nos superlativos durante o post)
Acabo de chegar do show do Lobãono Auditório Ibirapuera, e esse show veio na hora certa. Eu estava meio indeciso se fazia ou não um post sobre a biografia dele que acabei de ler, e depois do show decidir deixar pra lá a biografia e falar que o rock nacional estaria bem melhor se nós tivessemos mais uns 5 ou 6 Lobões por aí!
Vamos ao que interessa:
O show que assisti faz parte da turnê Elétrico 2011 e essas duas apresentações (fui na de sexta, tem outra sábado) vão ser gravadas para o que deve se tornar o futuro DVD da turnê. E acho que a escolha do local foi excelente, o auditório Ibirapuera proporciona uma ótima acústica, confortável para a platéia, visão completa do palco de qualquer lugar que você sentar (os lugares são numerados e respeitados) e proximidade entre artista e platéia.
Antes do concerto começar, teve a exibição (era pré-estreia) do documentário Lobão - Não Há Estilo Sem Fracasso, um curta que fala sobre o lobão e seu relacionamento com as gravadoras, rádio, mainstream e sua prisão. O trailer você pode conferir aqui.
E aí após o breve filme que serve pra deixar um gosto de "quero mais" as luzes se apagam e a banda vem ao palco, e a introdução vem com uma pauleira de primeira qualidade, com um riff que me lembrou "In my Time of Dying" do Led nos primeiros minutos, e que vou ficar devendo o nome da música de abertura, por que não consigo lembrar o nome agora.
Na sequência veio "Mais uma vez" do disco "A vida é doce" com um arranjo bem mais legal e pesado! Alias, todas as músicas estão mais pesadas, e o show realmente faz jus ao nome de ELÉTRICO!
Logo que pensei que para todo aquele rock e guitarra em alto e bom som, toda a platéia sentada não combinava e a vontade de sair pulando era grande!
"Bambino" do "Ronaldo foi pra Guerra" e também presente no Acústico MTV (diga-se de passagem minha versão favorita), ganha um novo arranjo e continua animal!
Entra então "El Desdichado II" com a breve introdução de "essa música eu fiz para um amigo que morreu", história contada no livro, mas que acaba sendo uma canção autobiográfica e ganha uma alteração na letra com ele cantando: "o terror da próxima edição dos jornais que gritam, me devassam, mas não me silenciam".
Detalhe nessa música para a bateria que ganha ares de escola de samba no refrão e a performance alucinada do Lobão.
Uma paradinha e a introdução de "Decadence Avec Elegance" é a senha para o pessoal se levantar e descer para perto do palco, que logo fica repleto de gente em frente. O que graças a ótima disposição de lugares do auditório não prejudica em nada a visão pra quem, assim como eu, ficou sentado no seu lugar.
Vem depois - e não necessariamente nesse ordem por que não decorei o setlist - "Tão Menina", música feita para a irmão do Lobão e também do "A vida é doce", "Canos Silenciosos", para delírio da galera, "A Queda", igualmente delirante e "Me chama" cantada em uníssono pela platéia, afinal clássicos são clássicos!
A seguir com a breve apresentação de que essa canção está no filme cilada.com (ele não fala o filme, apenas que é do amigo dele Bruno Mazzeo), começa uma das canções mais bonitas na minha opinião, "Por Tudo Que For" que tem um momento épico com o solo de guitarra!
Seguida por mais uma balada, e parceria com o Júlio Barroso, "Noite e Dia". E eu já ia me esquecendo, com certeza foi tocada antes, mas teve "Os tipos que eu não fui", também do disco Ronaldo Foi Pra Guerra, com um novo arranjo simplesmente espetacular! Já gostava da original, gostei ainda mais da versão ao vivo!
Então é anunciada a música inédita que abre o livro, "Das Tripas Coração", que foi feita em homenagem ao Júlio Barroso, Cazuza e Ezequiel Neves. (Pra minha surpresa eu já tinha decorado a letra!)
Você confere ela e a letra no final do post, ok?
Rolou ainda "Vida Louca Vida", "Vida Bandida" com direito a mosh de um cara que subiu no palco para pular, "A vida é doce" também compareceu com mais uma interpretação apaixonada do Lobão, e "Song For Sampa", que é inédita e fecha o livro, dedicada a São Paulo (não diga!) e com o telão no fundo mostrando o trânsito de carros na terra da garoa. Pra fechar veio "Rádio Blá" com break para apresentação da banda e encerrando o show para muitos aplausos e o grito de mais um!
Na volta do bis, para minha mais completa alegria, ele tocou "Você e a Noite Escura" que eu não entendo como um música tão boa assim pode não ter tocado no rádio! Teve a belíssima canção de amor "Vou Te Levar" e na sequência ele fez uma versão de Help que nem sei como descrever, meio blues arrastado, meio Lobão, enfim, achei foda!
E pra fechar com muita alegria o show, como ele mesmo diz, talvez a única música alegre que ele fez, "Corações Psicodélicos"!
ufa... terminava assim o melhor show de rock nacional que eu já assisti, o segundo show do lobão que eu assisto (curiosamente o primeiro foi o de lançamento do "Canções dentro da noite escura", meu disco favorito dele, que foi em Lorena!), e que me deu a certeza que tem gente fazendo rock nacional de altíssima qualidade fora do que toca nas rádios e tevês.
ah, pra finalizar um super elogio a banda que faz o show acontecer: Duda Lima no baixo e vocal, Michelle Abu na Bateria (com B maiusculo por que ela toca uma Barbaridade), André Bava na guitarra e um tecladista/percussionista/guitarrista que me fugiu o nome, mas que juntos fazem um show impecável. E claro o Lobão, que nos altos dos seus 50 anos faz um show cheio de energia, fúria e ternura!
Dou boa noite para vocês e espero que gostem da música abaixo! =)
Das Tripas Coração
(Lobão)
Quem foi que disse a você, quero saber
Que perder é o mesmo que esperar?
Quero saber quem é que vai ficar tranquilo
perdido na beira do abismo, sangrando?
Se você pudesse ter alguém de joelho aos teus pés
A pedir o teu final
Sussurrando todo seu calor na tua orelha
Procurando uma palavra que não fosse em vão
Que fizesse você compreender... Que eu abandono meu lugar rasgando as veias
Derramando o meu amor pelas areias
Anuncio um lindo sol radiante
A última alvorada em teu semblante
E na perfeição de um céu sem sombras
A gente vai se encontrar Quem é que vai zombar desse Deus trapaceiro
Nesse Rio de Janeiro
Quem é que vai anunciar a próxima atração
E uivar pra lua cheia gargalhar dos tormentos do mundo Quem é que vai ficar sorrindo jogando palavras ao mar
Vendo a terra toda estremecer
Quero saber quem é que vai guardar toda essa dor
De ficar sozinho no convés sem a tripulação
Sou eu... Que abandono meu lugar rasgando as veias
Derramando o meu amor pelas areias
Anuncio um lindo sol radiante
A última alvorada em teu semblante
E na perfeição de um céu sem sombras
A gente vai se encontrar E das tripas coração mais uma tarde
Pra levar o meu amor pra eternidade
Meu amigo, por favor, me aguarde
Que a gente vai se encontrar
Que a gente vai se encontrar
Aí que na semana passada a revista NME divulgou a sua lista de 100 melhores clipes de toda a história, e foi uma boa surpresa ver que muitos clipes que listamos aqui estão entre os que eles escolheram também!
Não vou avaliar a lista e embora a segunda posição com Justdo Radiohead vá render um post futuro, quero comentar apenas o primeiro lugar, Johnny Cash e sua versão magistral de Hurt!
Cash (falecido em 2003) é bem novo na minha playlist, deve ter menos de 2 anos e entrou quando um amigo me passou uma coletânea do "Man In Black" e enquanto ia sendo apresentado a Ring of Fire, Jackson, Man in Black e outros sucessos, me surpreendo com a canção que fechava o CD, The Wanderer do U2!
E foi aí que me dei conta que ele cantava a última canção do Zooropa, que eu conheço desde 98 mas por um desses pecados de negligenciar os créditos do encarte do CD, não sabia quem cantava.
Depois dessa apresentação tive um maior interesse pela obra e história do cantor folk/country com voz grave e estilo inconfundível. E aí um tempo depois assisti a "Johnny & June" (2005) que conta a história de Cash, seu começo, as turnês junto com Jerry Lee Lewis e Elvis (que apresentaria a ele as anfetaminas), as drogas e o amor pela June Carter. O filme é excelente e a atuação do Joaquin Phoenix no papel principal é sem dúvida uma das melhores da carreira do ator. Recomendo que assistam, se é que ainda não o fizeram.
E aqui voltamos ao ínicio do post, a lista dos melhores clipes da NME, com Johnny Cash e sua - já falei que é brilhante? - versão de Hurt
Hurt
(Trent Rezno do Nine Inch Nails)
I hurt myself today
To see if I still feel
I focus on the pain
The only thing that's real
The needle tears a hole
The old familiar sting
Try to kill it all away
But I remember everything
What have I become?
My sweetest friend
Everyone I know goes away
In the end
And you could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt..
I wear this crown of thorns
Upon my liar's chair
Full of broken thoughts
I cannot repair
Beneath the stains of time
The feelings disappear
You are someone else
I am still right here
What have I become?
My sweetest friend
Everyone I know goes away
In the end
And you could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt
If I could start again
A million miles away
I would keep myself
I would find a way
Pra quebrar o 1 mês sem postar vai aí um ColdPlay, presença rara por aqui, mas é um canção que acho muito legal!
God Put a Smile Upon Your Face
(Coldplay)
Where do we go nobody knows
I've gotta' say i'm on my way down
God give me style and give me grace
God put a smile upon my face
Where do we go to draw the line
I've gotta' say i've wasted all your time, honey honey
Where do i go to fall from grace
God put a smile upon your face, yeah
Now when you work it out i'm worse than you
Yeah when you work it out i want it too
Now when you work out where to draw the line
Your guess is as good as mine
Where do we go nobody knows
Don't ever say you're on your way down, when
God gave you style and gave you grace
And put a smile upon your face, oh yeah
Now when you work it out i'm worse than you
Yeah when you work it out i want it too
Now when you work out where to draw the line
Your guess is as good as mine
It's as good as mine
As good as mine
Where do we go nobody knows
Don't ever say you're on your way down, when
God gave you style and gave you grace
And put a smile upon your face
Estava eu aqui com meus botões olhando tudo que musicalmente aconteceu nesses primeiros 4 meses do ano e me dei conta que eles foram bem rocker!
Tivemos 3 lançamentos que sem dúvida chacoalharam a cena rock'n'roll/Indie e sem contar outros bons e não menos importantes discos lançados!
Começou com Radiohead e com seu The King of Limbs que foi comentado aqui.
Depois tivemos o Beady Eye (o Oasis sem o Noel) com oDifferent Gear, still Speedingaqui.
O melhor lançamento do ano até agora com os Strokes e seu Angles, também comentado aqui.
Teve ainda o Foo Fighters com o Wasting Light que não ganhou um post só dele mas foi citado aqui.
O R.E.M. com o Collapse Into Now e o Cake com o Showroom of Compassion não ganharam post no blog mas também contribuiram para o bom fechamento do quartil.
Sem contar o show do U2 que foi o grande evento desse início do ano aqui em terras tupiniquins.
De negativo mesmo, só a produção nacional que continua devendo (e muito).
E pra começar no segundo quartil que promete alguns documentários (Pearl Jam e Foo Fighters) e vários shows (Clapton, Strokes, Pearl Jam e Foo Fighters) vou fechar com o lançamento de hoje, que é o novo trabalho solo do Eddie Vedder, a canção "Longing to Belong" do novo disco "Ukelele Songs" que deve ser lançado em breve!
Nesse mês de Abril tivemos dois eventos que proporcionaram aos internautas brasileiros (e do mundo todo também) assistir a grandes concertos de Rock no conforto da sua casa! O que é uma grande conquista se você considerar a dificuldade que ainda é assistir um show internacional aqui no nosso o país.
O primeiro foi dia 12 de Abril, quando o Foo Fighters fez uma apresentação memorável no estúdio do Late Show with David Letterman para lançar o seu novo disco "Wasting Light"!
Show com a banda toda arrumadinha, de terno e gravata e imagem e Preto & Branco no melhor estilo Beatles na década de 60, em que a banda tocou na integra o disco novo, e depois com a imagem colorida, muita descontração e um Dave Ghrol super simpático fazendo piadas o tempo todo, tocaram grandes sucesso da carreira da banda!
Se você perdeu tudo isso, pode conferir o que rolou aqui:
E aí no mesmo fim de semana, começando na sexta, dia 15 de Abrill, teve início o Coachella (que você pode conferir mais informações nesse post aqui) que também teve transmissão ao vivo via http://www.youtube.com/coachella, com direito a 3 canais transmitindo até 3 shows simultaneos! No canal do youtube você pode conferir vários clipes do que rolou lá!
E embora tenha tido grandes shows (eu gostei muito do The National), a grande atração do festival foi o show dos Strokes na noite de domingo. Com um show lançando o disco "Angles" (que você já leu sobre aqui) de pouco mais de 1 hora, com direito a zoar a próxima atração (que era o Kayne West) e algumas cervejas no palco, a banda levantou a galera no festival e alcançou os #TTbr's como a principal atração da internet no domingo a noite! Ponto negativo foi o show ser transmitido em Preto & Branco, o que não favoreceu tanto mas mesmo assim vale muito a pena assistir!
Espero que aproveitem e curtam os links dos shows, lembrando que os Strokes estão confirmados para o festival Planeta Terra 2011 em São Paulo no dia 05 de Novembro e tudo indica que o Foo Fighters também vem pra cá no segundo semestre!
Como dormir bem e acordar de bom humor fazem diferença né?
Tanto que consegui depois de muito tempo compor um música nova! Segue a letra e o video (sim, gravei um video!) da música:
Um Dia Desses (Tudo Pode Acontecer)
Rodrigo Fonseca - 16/04/2011
Passo os dias vendo você
Será que você me vê?
Nos meus sonhos, te encontro em uma estação
o que vai acontecer?
Imagino coisas, situações
Para ter o que te dizer
Sei que é estranho, é anormal
Mas só penso em você
Um dia desses vou lhe dizer, o que sinto por você
Um dia desses... tudo pode acontecer
Esse vai ser rápido! Estou eu aqui, trabalhando e ouvindo o disco "Noite" do Lobão (Já disse que foi esse o CD que me fez gostar de Lobão?) quando começa a tocar "Me Beija" e me lembro que já pensei um dúzia de vezes em postar essa música aqui, e nunca fiz isso.
Então para não ficar mais "passando vontade" vai aí essa que pra mim é uma das melhores do disco!
Me Beija
(Lobão)
Deixa o que for te acontecer
Sua insegurança lentamente vai parar
De te esconder
Viva e não tenha medo não
Que a pose é a medida
De toda a nossa pretensão
Livre os teus gestos de ensaiar
Felicidade é coisa que não dá
Pra se premeditar
Calma não há nada a conseguir
Nem vitória, nem derrota
Nem troféu pra exibir
Deixa o teu riso aparecer
Não dissimule nada sem pensar como se defender
Deixa essas coisas para tras
A vida é bem mais simples
Do que geralmente a gente faz
Me beija, na rua a lua apareceu
Você, a lua, a rua e eu
RAP DO CHAFARIZ
(Incidental: Plínio Profeta)
Ser feliz pra sempre, é o que você me diz
Vou tomar banho num chafariz imundo
No meio do centro da cidade
A felicidade não é fácil definir
Mas para alguns é não saber pra onde ir
Vou com cinquenta centavo
E vou me divertir, neguinho
E vou sozinho
E vou deixar acontecer o que vier no meu caminho
Eu vou deixar o que for acontecer
E na sexta passada o Radiohead lançou seu novo CD, The King of Limbs, novamente pela internet só que dessa vez o preço já veio definido, USD 9,00 a versão MP3 e USD 14,00 a versão wave com qualidade melhor! Ainda tem a versão Newspaper Album com 2 discos de vinil, artwork e etc!
O discos conta com 8 músicas que totalizam um pouco menos de 40 minutos que sucedem o "In Rainbows" muito bem, embora não consiga superar o trabalho anterior (o que convenhamos, era bem díficil).
O novo disco também é de digestão lenta, mas depois da segunda ou terceira audição você não vai conseguir esquecer o refrão "don't hurt me" de Give Up the Ghost ou "wake me up" de Separator!
Eu senti falta de mais guitarras guiando as músicas nesse trabalho, que era na minha opinião o ponto alto do In Rainbows. Mas aí para minha surpresa e para matar meu desejo de ouvir guitarras e violão, achei uma apresentação do Thom Yorke no Cambridge Corn Exchange de 2010 em que ele apresenta algumas músicas do disco sozinho! A versão de Lotus Flower - que teve o clipe lançado também na última sexta com o Yorke dançando e já tem várias paródias por aí - só com ele na guitarra ficou melhor do que a CD na minha opinião.
E pra compartilhar com vocês, deixo as três músicas citadas no post para vocês apreciarem!
E tinha tempo que eu não escrevia sobre música aqui no blog, então vamos lá!
O Neil Young tem um trabalho de 1995 chamado MirrorBall que foi gravado com o Pearl Jam! Isso mesmo, músicas do Neil Young tocadas por ele e Eddie Vedder e sua trupe! Por questões autorais e tal, eles não puderam utilizar o nome Pearl Jam, porém todas as faixas são tocas pelo Mike McCready (Guitar); Stone Gossard (guitar); Jeff Ament (bass); Jack Irons (drums) e Eddie Vedders (Backing Vocals). A banda inclusive acompanhou o Neil em alguns show pela Europa - menos o Eddie - junto com o tecladista O'Brian. Outra curiosidade é que tudo foi gravado em 4 dias em Seatle e várias músicas foram escritas (todas pelo Neil Young e "Peace and Love" em parceria com o Vedder) durante as jam sessions que eles faziam.
Peace and Love que eu já citei é uma das grandes canções do disco, assim como "Downtown" que traz referência a Led Zeppelin e Hendrix e "Song X" que fala sobre o aborto.
A minha favorita é uma canção de 4 acordes, sequencia em G (sol) que tem seus 7:36 e uma letra sem refrão. Não sei dizer sobre o que ela fala (embora o tema principal seja amadurecimento), provavelmente você vai ter uma interpretação diferente da minha, então vou apenas deixar a letra e o video para que você se divirta!
Enjoy!
I'm the ocean
(Neil Young and Pearl Jam - MirrorBall)
I'm an accident
I was driving way too fast
Couldn't stop though
So I let the moment last
I'm for rollin'
I'm for tossin' in my sleep
It's not guilt though
It's not the company I keep
People my age
They don't do the things I do
They go somehwere
While I run away with you
I got my friends
And I got my children too
I got her love
She's got my love too
I can't hear you
But I feel the things you say
I can't see you
But I see what's in my way
Now I'm floatin'
Cause I'm not tied to the ground
Words I've spoken
Seem to leave a hollow sound
On the long plain
See the rider in the night
See the chieftain
See the braves in cool moonlight
Who will love them
When they take another life
Who will hold them
When they tremble for the knife
Voicemail numbers
On an old computer screen
Rows of lovers
Parked forever in a dream
Screaming sirens
Echoing across the bay
To the old boats
From the city far away
Homeless heroes
Walk the streets of their hometown
Rows of zeros
On a field that's turning brown
They play baseball
They play football under lights
They play card games
And we watch them every night
Need distraction
Need romance and candlelight
Need random violence
Need entertainment tonight
Need the evidence
Want the testimony of
Expert witnesses
On the brutal crimes of love
I was too tired
To see the news when I got home
Pulled the curtain
Fell into bed alone
Started dreaming
Saw the rider once again
In the doorway
Where she stood and watched for him
Watched for him
I'm not present
I'm a drug that makes you dream
I'm an aerostar
I'm a cutlass supreme
In the wrong lane
Trying to turn against the flow
I'm the ocean
I'm the giant undertow
I'm the ocean
I'm the ocean
I'm the giant undertow
I'm the ocean
I'm the giant undertow
I'm the ocean
I'm the ocean
PS: Detalhe para o final do video em que ele canta um trecho do Fallen Angel, do mesmo disco, com a mesma melodia, porém só com teclados no original.
What else should I be
All apologies
What else could I say
Everyone is gay
What else could I write
I don't have the right
What else should I be
All apologies
In the sun
In the sun I feel as one
In the sun
In the sun
I'm married
buried
I wish I was like you
Easily amused
Find my nest of salt
Everything is my fault
I'll take all the blame
Aqua seafoam shame
Sunburn with freezerburn
Choking on the ashes of her enemy
In the sun
In the sun I feel as one
In the sun
In the sun
I'm married
buried,
married
buried
yeah yeah yeah
Após uma pequena ausência cá estou eu para compartilhar um pouco mais do meu gosto musical com vocês!
Essa semana foi lançada a biografia do Lobão - 50 Anos a Mil - e como ainda não comprei estava relembrando as músicas dele que tenho aqui e me deparei com o CD "Noite" (1998). Se a discografia do Lobão fosse divida em lado A e lado B esse disco com certeza estaria no B! Quase ignorado pela mídia e sem um grande sucesso tocado nas rádios, acho que pouca gente conhece esse disco.
Ouvi esse cd pela primeira quando o Marco Aurélio me emprestou ele dizendo que ganhou de presente, nunca tinha escutado direto e só gostava de uma música, Sozinha Minha. Levei pra casa e gostei dele desde de o primeiro instante que apertei o Play!
Embora eu ache que ele exagera um pouco nos arranjos eletrônicos, as músicas tem letras excelentes e bons arranjos de guitarra que compõem o clima "noturno" do disco. Posso dizer sem medo que foi esse CD que me fez descobrir e gostar de Lobão!
E aí que no meio de tantas músicas que eu gosto desse disco, foi difícil escolher uma para postar aqui (o que provavelmente vai gerar um novo post só com a música Me beija) mas optei por aquela que inspirou o post!
Enjoy
Meu Abismo, Meu Abrigo
(Lobão)
Pára um pouco, descansa um pouco
Relaxa e olha pra mim
E vê se dá pra destravar
Que da minha parte, você sabe
Eu não quero nada além do que você consegue ser
Nem mais, nem menos
Então, vem agora
Meu amor, meu amor
A tua liberdade é tudo que eu quero desfrutar
Minta, inventa qualquer verdade, não importa
Se sinta à vontade pra poder dissimular
E, se por acaso, você ficar com medo
Tudo bem, eu também não tenho nada pra poder me segurar
Não sei não, mas talvez, seja isso
Essa falta seja o aviso
De que a gente não tendo outra escolha, arrange coragem
Pra admitir
Quem ama, não pode
Esperar nada de quem tudo se quer
Quem ama, não pode
Esperar nada de quem tudo se quer
Por isso, conta comigo
Pra qualquer destino
Meu abismo, meu abrigo
Só se vive o que se ama
Hora de fechar a trilogia de posts sobre influências musicais (Você pode ler o primeiro aqui, e o segundo aqui)!
Os dois primeiro foram sobre bandas nacionais, mas por que no ínicio eu tinha um pouco de resistência ao rock internacional. Coisa que só começou a mudar lá pela 7º e 8º série.
Nessa época eu tinha um amigo chamado Frank, que tinha três irmãs mais velhas! E elas sempre tinham algum CD novo, lançamento, bandas novas e gostavam de rock, logo sempre tinha alguma coisa que o Frank chegava na escola com o diskman e falava "ouve essa banda, peguei com a minha irmã, muito bom".
O primeiro que me lembro de ter levado pra casa e ouvido com calma era um compacto do U2, com 4 músicas que eu lembro até hoje, eram "The Unforgettable Fire", "MLK", "A Sort of Homecoming" e "Bad", todas do disco The Unforgettable Fire (1984), que lembrando agora me faz pensar que aquele CD devia ser um single.
Bad era minha favorita, a melodia que vai crescendo até chegar ao climax, como eu curti aquele som! Essa foi a música que abriu as portas do rock internacional para mim.
Vários outros CD's do U2 chegaram até mim pelas irmãs do Frank, como o "Under a Blood Red Sky" e "Acthung Baby" - o melhor da banda até hoje para mim - e todos viravam fitas K7. (isso foi antes do mp3, ok?)
Também foi assim que eu ouvi o Ten do Pearl Jam pela primeira vez, assim como alguns bootlegs da banda que em pouco tempo se tornou a minha favorita!
E era impressionante como sempre tinha coisa legal para pegar emprestado, de Crash Test Dummies a The President Of The United States (que já foi tema desse post aqui).
Pena que eu tinha o péssimo hábito de não ouvir os CD's inteiros com calma, muitas vezes escutava apenas 30 segundos de uma faixa e pulava para a próxima. Ainda bem que perdi esse hábito, por que você perde muita coisa legal fazendo isso.
O último emprestimo valioso que fiz com o Frank foi o Led Zeppelin II. Sai da casa dele com o CD e fui para a casa de outro amigo fazer um trabalho de escola e começamos a ouvir até o pai dele aparecer e perguntar se a gente gostava de ouvir aquela barulhada!
Depois acabamos perdendo contato, a amizade, e o emprestimos acabaram. Mas o gosto pelo rock ficou. E é interessante perceber que três das bandas que eu mais gosto, U2, Led e Pearl jam, eu ouvi pela primeira por causa dos CD's que ele emprestava das irmãs!
Fiquei em dúvida de qual música usaria para fechar o post, mas Bad me parece a escolha ideal. Afinal nada melhor que terminar onde tudo começou! =P
Bad
(U2)
If you twist and turn away
If you tear yourself in two again
If I could, yes I would
If I could, I would
Let it go
Surrender
Dislocate
If I could throw this
Lifeless lifeline to the wind
Leave this heart of clay
See you walk, walk away
Into the night
And through the rain
Into the half-light
And through the flame
If I could through myself
Set your spirit free
I'd lead your heart away
See you break, break away
Into the light
And to the day
To let it go
And so to fade away
To let it go
And so fade away
I'm wide awake
I'm wide awake
Wide awake
I'm not sleeping
Oh, no, no, no
If you should ask then maybe they'd
Tell you what I would say
True colors fly in blue and black
Bruised silken sky and burning flag
Colors crash, collide in blood shot eyes
If I could, you know I would
If I could, I would
Let it go...
This desparation
Dislocation
Separation
Condemnation
Revelation
In temptation
Isolation
Desolation
Let it go
And so fade away
To let it go
And so fade away
To let it go
And so to fade away
I'm wide awake
I'm wide awake
Wide awake
I'm not sleeping
Oh, no, no, no
No post passado falei um pouco de como começou minha "iniciação" no mundo do rock nacional e vou continuar essa pequena série com mais esse post de outra banda nacional e mais um, dois, ou três de bandas internacionais.
Falando em música internacional e de memórias de infância, sabia que uma da principais que tenho é de acordar nos sábados de manhã com meu pai ouvindo Carpenters? "Close to You" e "Mr. Postman" eram constantes e acho que isso também me influênciou bastante, principalmente pelo fato de sempre ter música em casa!
Mas voltando ao objetivo do post, eis que um belo dia meu pai apareceu com três vinis em casa, o "Big Bang" dos Parlamas do Sucesso e dois do Ultraje à Rigor, "Crescendo" e "Por que Ultraje à Rigor?". Todos eles gravados entre 1989/1990.
Não vou falar dos Paralamas embora Big Bang, disco bem variado que tem entre outras grandes canções "Lanterna dos Afogados", vou falar do Ultraje. O som mais "pesado" que o legião que eu costumava ouvir, as letras irônicas, inteligentes e divertidas do Roger e visual cabeludo da banda chamava a atenção.
Crescendo é o disco em que a banda testa o fim da censura oficial com a provocativa e engraçada "O Chiclete", composta pelo Edgar Scandurra e doada para o ultraje por que segundo o Edgar "não combinava com o Ira!", com "Volta Comigo" que fala abertamente de adultério e é uma das minhas favoritas da banda e o hino "Filho da Puta" que acabou sendo censurada extra-oficialmente.
Já o "Por que Ultraje a Rigor?" é um disco de covers que faz um retorno ao ínicio da carreira da banda. Um dos pontos do alto do disco está na capa que conta a história do nome da banda. Ou você achou que a pergunta ficaria sem resposta? Resumidamente o Roger estava pensando no nome Ultraje e foi perguntar para o Edgar Scandurra que na época tocava com eles. O Edgar escultou errado e disse: "hã? Como é? Que traje, o traje a rigor?". O Roger gostou do trocadilho e o nome "Ultraje a Rigor" foi adotado.
Também fala um pouco do início de carreira dos caras e da músicas que tocavam. Os cover vão de Beatles e Beach Boys à Roberto e Eramos Carlos, passando até por temas de séries de tv antigas!
É um disco muito bom, bem variado e divertido, tanto que ainda ouço ele bastante! Uma pena que no vinil não tinha a faixa bônus que só foi sair em CD, que é a segunda versão, chamada de "versão gripada", de Slow Down dos Beatles (que na verdade também fez cover de outro cara, Larry Williams)!
Vou deixar ela no player abaixo para vocês ouvirem e também a versão que tocaram no acústico MTV!
Enjoy!
PS: Acho que deu pra perceber pelo post por que eu gosto de Ultraje a Rigor né? =P
Já devo ter falado algumas vezes de uma antiga fita K7 que meu pai tinha, e eu ainda tenho ela guardada em alguma caixa aqui em casa, e que foi o que me influênciou a começar a ouvir rock nacional. Essa fita continha algumas músicas da Legião Urbana - Dois, do Capital Inicial - o primeiro e homônimo disco, Titãs - o clássico Cabeça Dinossauro, e pra finalizar a incompleta (faltava a última estrofe) Time do Pink Floyd que fechava o lado B.
Eu escutava tanto essa fita que até hoje lembro a ordem de algumas músicas, os "pulos" que dava entre uma faixa e outra e o ruído da agulha sobre o vinil da qual ela foi gravada.
E não é que essa semana estava indo para o trabalho e durante o Wake Up da Kiss FM tocou Andrea Doria? E quando começou a música no rádio, eu ouvia os estalos da agulha, os mesmos ruídos que haviam na fita, daquela gravação que eu ouvi várias vezes na minha infância! Engraçado como algumas coisas ficam tão impressas na nossa memória né?
Junto com aquela canção vieram lembranças de quando eu ouvia Legião Urbana quase todos os dias. Do primeiro CD comprado (que foi o Dois), de estudar para o vestibulinho do C.T.I.G. ao som de Química, de economizar a grana do lanche para comprar os CD's que faltavam, e por aí vai.
Um amigo disse uma vez que quando ele ouviu o Dois teve certeza que Legião era um porre, mas pra mim é diferente. Esse disco representa onde tudo começou e até hoje quando ouço ele, como agora enquanto escrevo o post, eu curto (quase) da mesma forma que curtia. O quase está aí porque a nossa percepção muda com o tempo, assim como alguns gostos.
Lembro que uma vez vi uma entrevista do Marcelo Bonfá em que ele dizia que achava o Dois um disco experimental e por isso um pouco inferior aos demais trabalhos da banda. Na época eu não entendi direito, mas hoje percebo que o Dois é realmente mais experimental. Sabe aquela história da banda que lança o segundo disco e ainda está tentando encontrar seu som ideal, se firmar? Pois é isso que o disco é, embora mesmo assim tenha algumas das canções mais emblemáticas da Legião.
Pra fechar e não me alongar muito no post, vou deixar a letra e o video da música que motivou o post e alguns PS's no final:
Andrea Doria
Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos
Tão certo...
Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços
De vidro...
Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente
Quase parecendo te ferir...
Não queria te ver assim
Quero a tua força
Como era antes
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada...
Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria
Um livro aberto...
Até chegar o dia
Em que tentamos ter demais
Vendendo fácil
O que não tinha preço...
Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém
Com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim...
Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que eu segui
E com a minha própria lei...
Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também...
PS 1: Falando em Legião, essa semana a EMI anunciou que vai lançar um box com todos os discos de estúdio remasterizados! Prato cheio para os fãs que como eu perderam alguns CD's no caminho. =P A notícia inteira está nesse link.
PS 2: O título do post é a frase presente em todos os discos da banda, menos o último "A Tempestade". Quer dizer: Legião Urbana a tudo vence, adaptação feita por Renato Russo do mote Romana legio omnia vincit (Legião romana a tudo vence), criado pelo imperador romano Julio Cesar.
Faz um tempo já eu fiz um cover de Foxy Lady do Hendrix, em um estilo mais samba-rock.
Ontem, 18 de Setembro, fez 40 que Hendrix deixou esse mundo aos 27 anos de vida, então como singela homenagem e também para testar a twitcam (tinha tempo que queria fazer isso) fiz uma transmissão tocando ela ao vivo! Infelizmente o volume ficou meio baixo, por que o microfone do notebook é bem ruimzinho. Assim que eu conseguir um microfone para gravar com qualidade de som melhor, estou pensando em fazer alguns videos com versões ou músicas próprias para postar aqui.
É isso aí, segue abaixo o resultado da minha primeira experiência na Twitcam:
Ah, detalhe que no final ainda rola "Old Man" do Neil Young.
Engraçado como algumas canções se alojam no nosso subconsciente e ficam em "loop" na nossa mente. Esse tem sido meu caso com "A Day In The Life" nessa semana.
A tara começou quando vi um video doJaques Sobretudo, no qual ele filosofa sobre a última música do Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (1967) e as versões da música de Neil Yong e Jeff Beck.
São versões bem diferentes. Jeff Beck faz uma versão instrumental na qual mostra seu talento na guitarra - e sinceramente tinha tempo que não ouvia um som virtuoso e achava legal - enquanto o Neil Young leva nãoseiquantas mil pessoas no festival de Glastonbury'09 ao delírio.
Então caso você não conheça "A Day In The Life" dos Beatles, faça um favor a si mesmo e vá para o post abaixo para ouvir a versão original antes de ouvir os covers, e depois escolha seu favorito!
Estou viajando nessa música essa semana, então para compartilhar com vocês segue a letra e video!
(Sem maiores detalhes, histórias e apresentações, por que ela dispensa isso!)
A Day In The Life
(The Beatles)
(sugar, plum, fairy... sugar, plum, fairy.)
I read the news today oh boy
About a lucky man who made the grade
And though the news was rather sad
Well I just had to laugh
I saw the photograph
He blew his mind out in a car
He didn't notice that the lights had changed
A crowd of people stood and stared
They'd seen his face before
Nobody was really sure if he was from the House of Lords.
I saw a film today oh boy
The English Army had just won the war
A crowd of people turned away
But I just had a look
Having read the book, I'd love to turn you on...
Woke up, fell out of bed,
Dragged a comb across my head
Found my way downstairs and drank a cup,
And looking up I noticed I was late.
Found my coat and grabbed my hat
Made the bus in seconds flat
Found my way upstairs and had a smoke,
and somebody spoke and I went into a dream
I read the news today oh boy
Four thousand holes in Blackburn, Lancashire
And though the holes were rather small
They had to count them all
Now they know how many holes it takes to fill the Albert Hall.
I'd love to turn you on.
Esse eu posso seguramente dizer que é o ano das listas aqui no #FocaSongs! Teve lista das 100 maiores músicas, dos 10 melhores clipes dos anos 90, a banda dos sonhos do rock nacional... e hoje resolvi fazer uma listinha pessoal, sem votações ou pretensões de melhores, dos covers que mais gosto. Apenas fiz um catadão dos meus mp3's e separei os covers mais marcantes pra mim, inclusive alguns que eu gosto mais que a versão original!
Segue a lista, com o link para a música no youtube e entre parenteses o nome do artista original.
Taí um cover que ficou tão famoso que quase ninguém sabe que é cover, mas é. Antigamente era bem mais difícil para uma banda gravar um disco, e era comum sempre incluir um cover para tentar alavancar as vendas. O Deep Purple gravou sua versão de Hush no seu primeiro disco, Shades of Deep Purple, de 1968, um ano depois da versão original ser lançada.
Detalhe para o video no youtube, apresentação ao vivo de '69! A primeira formação do Purple com Rod Evans nos vocais (prefiro Gillan) e Nick Simper no Baixo (também prefiro o Glover), o Blackmore já marrento em início de carreira, sem contar as roupas e cabelos tipícos da época e a galera viajando e dançando em volta da banda!
Além de uma voz potente e muito talento, Cássia Eller tinha o dom de regravar canções de um jeito que quando você escutava a versão dela, era como se ouvisse a música pela primeira vez. Não podia deixar ela de fora dessa lista. Entre tantas versões que já ouvi de Little Wing, essa é sem dúvida a mais bonita!
A voz dela dizendo "Take anything you want from me... you can take anything... anything..." fica ecoando na minha cabeça... fly on... fly on... fly on...
Você vai achar uma dúzia de músicas do The Who regravadas pelo Pearl Jam, a maioria em bootlegs. Escolhi essa que é trilha sonora do filme "Reine Sobre Mim", pra mim a melhor versão que o Pearl Jam já fez.
Ganha até de "Hide Your Love Away" (Beatles) gravada para a trilha sonora do "I am Sam", ou da famosinha "Last Kiss"!
Sem contar que essa é a melhor música do disco Quadrophenia do The Who!
Não tem muito o que falar, Placebo tocando Smiths, ou como fazer um cover atual de uma canção anos 80! Acho que o Johnny Marr sentiu uma ponta de inveja quando ouviu os arranjos dessa versão. =P
Você pode não saber quem é Jeff Healey (R.I.P). Ele é um guitarrista canadense, cego, que desenvolveu um estilo único de tocar guitarra. Ele aparece (e faz trilha sonora) no filme "Matador de Aluguel" (Road House - 1989) tocando com sua banda dentro de uma jaula (?) naquele barzinho mequetrefe onde o personagem principal, Patrick Swayze (R.I.P.), trabalhava. (Aposto que você lembrou desse filme que o Patrick Swayse faz um segurança barra pesada e bom de briga).
A versão dele para esse clássico dos Beatles é simplesmente espetacular.
Summertime Blues é outra que tem várias versões e pouca gente sabe quem foi o compositor original. Foi um cara conteporâneo de Elvis, chamado Eddie Cochran, que gravou ela pela primeira vez em 1958. A versão dos Beach Boys é sem dúvida a mais famosa e conhecida.
Ah, o The Who também tem uma versão dessa música, um "pouco" mais pesada.
Cake é uma banda que em nada, nada mesmo, lembra o Black Sabbath! E talvez seja isso que torna esse cover tão interessante. Já imaginou um solo de trompete no meio de War Pigs sem o peso todo da guitarra de Tony Iommi? Acho que você não vai conseguir imaginar isso, só ouvindo mesmo!
Aqui foi uma decisão difícil entre "In the Pines" (o outro título conhecido dessa música) e o cover de "The Man Who Sold The World" de David Bowie, gravado também no brilhante "Unplugged MTV" do Nirvana. Sinceramente como música e versão até acho que "The Man Who Sold the World" seja melhor, porém a interpretação do Kurt Cobain nessa versão de uma canção Folk americana, que data de 1870 (aproximadamente) e ninguém sabe quem foi o compositor original, é a mais emocionante de todo o disco. A parte final quando o Kurt canta - porque por mais que pareça, ele não grita - "my girl, my girl, don't lie to me... tell me where did you sleep last night" é de arrepiar qualquer pessoa que goste verdadeiramente de rock.
E pra fechar a lista, mas não menos importante, não tinha como fugir de duas referências recorrentes ao blog: Neil Young e Radiohead!Descobri essa versão por acaso. É uma apresentação ao vivo do Radiohead no Electric Lady Studio em New York (sim, o famoso estúdio criado pelo Jimmy Hendrix), bem informal, na qual o Tom Yorke assume o piano sozinho, faz uma pausa para falar pro Johnny "não atrapalhar", e dá um show nessa versão. É possível achar outras com qualidade de áudio e imagem melhores por aí, mas essa tem um charme... algo como se você pudesse ver ele tocando sua música favorita no piano em sua casa.