terça-feira, 15 de maio de 2007

Música De Trabalho

Acho que nunca postei uma música do Legião aqui,
embora seja uma das bandas que eu mais curto
(não ouço mt ultimamente, é verdade) e que mais me influenciaram.
Bem... hj tava fazendo uma sessão nostalgia ouvindo
o primeiro (Legião Urbana) e o último (A Tempestade) discos,
e me lembrei de uma música pouco conhecida que como todas
músicas do Renato Russo, são sempre atuais, apesar dessa
já ter sido composta a mais de 10 anos
(puxa, 10 anos q o cara se foi já passaram).
É legal pensar o que mudou no mundo, e no Brasil principalmente,
nesses dez anos, e assustador constatar que algumas coisas não
melhoraram, ou até, pioraram!
Leiam, se possivel escutem (baixe da net se for o caso), e espero que gostem.

Música de Trabalho (Legião Urbana, A Tempestade)

Sem trabalho eu não sou nada
Não tenho dignidade
Não sinto o meu valor
Não tenho identidade

Mas o que eu tenho
É só um emprego
E um salário miserável

Eu tenho o meu ofício
Que me cansa de verdade

Tem gente que não tem nada
E outros que tem mais do que precisam
Tem gente que não quer saber de trabalhar

Mas quando chega o fim do dia
Eu só penso em descansar
E voltar p'rá casa pros teus braços

Quem sabe esquecer um pouco
De todo o meu cansaço
Nossa vida não é boa
E nem podemos reclamar

Sei que existe injustiça
Eu sei o que acontece
Tenho medo da polícia
Eu sei o que acontece

Se você não segue as ordens
Se você não obedece
E não suporta o sofrimento
Está destinado a miséria

Mas isso eu não aceito
Eu sei o que acontece
Mas isso eu não aceito
Eu sei o que acontece

E quando chega o fim do dia
Eu só penso em descansar
E voltar p'rá casa pros teus braços

Quem sabe esquecer um pouco
Do pouco que não temos
Quem sabe esquecer um pouco
De tudo que não sabemos

terça-feira, 1 de maio de 2007

eu sou o tenebroso!!!!

Quase dois meses sem postar... o q se deve entre outras coisas da falta de assunto (principalmente), não tava afim de escrever por escrever...
Bem o Post de hoje tem um motivo um pouco repetido... o Lobão!
Já teve um post sobre o "Vc e a noite escura", agora em post vai em homenagem ao Acustico MTV!
ai vc pode dizer: porra, ateh o Lobao gravou acustico MTV??? esse mundo tah perdido, o cara se vendeu.. eh blábláblá!
Não quero entrar nessa discussão ideologica, até pq isso não leva a nada, mas o que importa mesmo, na minha opinião, é a música pela música (?), enfim, o som que o cara faz! Essa historia de "se vender" é papo de socialista-ideologista-otário (!)... no fundo, todo mundo quer ganhar dinheiro com o que faz, e não tem nada de errado nisso (desde que isso não faça mal a outra pessoa), o mundo é assim e vai continuar sendo até o aquecimento global! hohoho
[isso pq eu não queria entrar no assunto]

Enfim.. pra nao me alongar muito, o acústico é otimo, muito bem arranjado, produzido e executado, excelente canções incluindo velhinhas, novas e algumas surpresas... (como Bambina, letra em ingles, um rock contaginante)...
O CD abre magnificamente com "El desdichado II" uma música que resume bem o jeito Lobão de ser, cantar e fazer música! Pare de perder o tempo no meu blog e vá ouvir o CD (no site dele tem uma palinha... www.uol.com.br/lobao )

El Desdichado
(Lobão)

Eu sou o Tenebroso, o Irmão sem irmão,
o Abandono, Inconsolado,
o Sol negro da melancolia

Eu sou Ninguém, a Calma sem alma
que assola, atordoa e vem
No desmaio do final de cada dia

Eu sou a Explosão, o Exu, o Anjo, o Rei
O samba-sem-canção, o Soberano
de toda a alegria que existia

Eu sou a Contramão da contradição
Que se entrega a Qualquer deus-novo-embrião Pra traficar
o meu futuro por um inferno mais tranquilo

Eu sou Nada e é isso que me convém
Eu sou o sub-do-mundo e o que será que me detém?

Eu sou o Poderoso, o Bababã,
o Bão! Eu sou o sangue,
não!Eu sou a Fome! do homem
que come na brecha da mão de quem vacila
Eu sou a Camuflagem que engana o chão
A Malandragem que resvala de mão em mão
Eu sou a Bala que voa pra sempre, sem rumo, perdida

Eu sou a Explosão, o Exu, o Anjo, o Rei
Eu sou o Morro, o Soberano, a Alegoria
que foi a minha vida

Eu sou a Execução, a Perfuração
O Terror da próxima edição dos jornais
Que me gritam, me devassam e me silenciam.