Embora eu ainda não possa divulgar maiores detalhes, lá vai:
Ontem comecei a convite do amigo @Flaveus um projeto de um novo site!
Vamos fazer reviews de shows (In Loco ou pela web), divulgar links para streaming/download de shows e discos, falar de tudo que rola na música (Indie, Rock, Pop), séries de TV, Cinema, Literatura, falar da cena independente das bandas brazucas, dos festivais que nosso país vai receber, cultura pop, enfim, repercuti o hype como já fazemos diariamente.
A ídeia é ser um site bem colaborativo, linkado com todas as redes sociais e que vai contar com uma equipe de 10 pessoas de primeira linha! (afinal pra dar conta de todos esses assuntos, vamos ter que nos desdobrar!)
O primeiro contato com a galera do blog foi sensacional e passamos o sábado inteiro praticamente fervilhando idéias pro site e tudo mais!
Claro que FocaSongs vai continuar existindo! Alguns posts daqui vão parecer no novo projeto e vice-versa, e acho que ele vai ser bom pra me fazer produzir mais e variar mais o assunto e alimentar mais o FocaSongs também!
Tão logo eu possa postar mais novidades aqui, vocês vão ficar sabendo!
Enquanto isso, a única coisa que posso adiantar são os membros da equipe do projeto! Sigam a galera aí!
Ia passar em branco, mas eu acabei de me lembrar de como fiquei conhecendo os Strokes e achei que valia contar aqui como homenagem aos 10 anos que o disco de estréia da banda, "Is This It", completa hoje.
Eu tinha acabado de sair do colégio técnico e fazia meu primeiro estágio. E como bom estagiário que não tinha muita coisa pra fazer, passava parte das manhãs lendo jornal, em especial a Ilustrada e o Folha Teen da Folha de São Paulo. Eu lia religiosamente a coluna - já finada - "Escuta Aqui" do Álvaro Pereira Jr. que sempre trazia alguma novidade do rock - no caso Indie rock - e um CD Player que ele dava um Play, Stop e Pause para suas preferências.
Embora ele fosse um tanto rabugento (tô sendo bonzinho aqui) e detonasse as bandas nacionais, eu gostava de ler por que me apresentava um mundo novo que eu não tinha acesso na época. E salvo um engano da minha memória, foi na coluna dele que eu li pela primeira vez sobre os Strokes. A banda de Nova York que nem tinha gravado um disco e já diziam ser a salvação do rock, o novo Nirvana, e ainda por cima tinha um baterista brasileiro! A banda fazia apresentações explosivas nos clubs de New York e todo mundo estava ansioso pelo primeiro CD!
E aqui entra outro fato histórico, em 2001 o download de mp3 pela internet estava fervilhando! Todo mundo descubrindo aquela facilidade, as gravadoras (e o Metallica) querendo matar o Napster e quem baixasse música - como eles chamavam - "ilegalmente". Me aproveitei disso pra baixar 3 músicas que o Álvaro indicava; Modern Age, Last Nite e New York City Cops e bem... foi amor a primeira audição!
O disco saiu e eu e o Eduardo (um amigo que fazia estágio comigo) conseguimos convencer o Gil (que trabalhava com a gente) a comprar o CD e foi assim que pus as mãos naquele disco com a "bunda de fora" na capa! (A capa chegou a ser censurada no USA e ganhou uma versão alternativa)
Lembro ainda de ter lido uma crítica na Ilustrada que terminava da seguinte maneira: "Não é o novo Nirvana, são só os Strokes, mas isso já é um bom começo". E na verdade era um excelente começo!
Tanto que a última faixa do disco, Take It or Leave It, já intimava a abraçar a nova leva de banda que vinham na cola dos Strokes.
Se você pensar bem, a maior banda da década '00 como bem define meu amigo Flaveus, foi quem abriu alas para toda uma geração de bandas de Indie Rock que iria dar um novo gás pro bom e velho Rock'n'Roll.
Fico por aqui feliz por ter me lembrando de tanta coisa legal escrevendo esse post e deixo com vocês a letra e o video de...
Take It or Leave It.
(Strokes)
Leave me alone
I'm in control
I'm in control
And girls lie too much
And boys act too tough
Enough is enough
Well, on the minds of other men
I know she was
I said just take it or leave it
And take it or leave it
And take it or leave it
And take it or leave it
Oh, just take it or leave it
And take it or leave it
Oh, take it
I say oh, he's gonna let you down
He's gonna let you down
He's gonna let you down
And gonna break your back for a chance
And gonna steal your friends if he can
He's gonna win someday
I fell off the track
Now i can't go back
I'm not like that
Boys lie too much
Girls act too tough
Enough is enough
Well, on the minds of other girls
I know he was
I said you take it or leave it
And take it or leave it
And take it or leave it
And take it or leave it
Oh, just take it or leave it
And take it or leave it
Oh, take it
That's right
Oh, he's gonna let you down
He's gonna let you down
He's gonna let you down
And gonna break your back for a chance
And gonna steal your friends if he can
He's gonna win someday
Sim senhores e senhoras! Ele ainda existe, não é colorido, e é do bão!
(E me desculpem se eu exagerar nos superlativos durante o post)
Acabo de chegar do show do Lobãono Auditório Ibirapuera, e esse show veio na hora certa. Eu estava meio indeciso se fazia ou não um post sobre a biografia dele que acabei de ler, e depois do show decidir deixar pra lá a biografia e falar que o rock nacional estaria bem melhor se nós tivessemos mais uns 5 ou 6 Lobões por aí!
Vamos ao que interessa:
O show que assisti faz parte da turnê Elétrico 2011 e essas duas apresentações (fui na de sexta, tem outra sábado) vão ser gravadas para o que deve se tornar o futuro DVD da turnê. E acho que a escolha do local foi excelente, o auditório Ibirapuera proporciona uma ótima acústica, confortável para a platéia, visão completa do palco de qualquer lugar que você sentar (os lugares são numerados e respeitados) e proximidade entre artista e platéia.
Antes do concerto começar, teve a exibição (era pré-estreia) do documentário Lobão - Não Há Estilo Sem Fracasso, um curta que fala sobre o lobão e seu relacionamento com as gravadoras, rádio, mainstream e sua prisão. O trailer você pode conferir aqui.
E aí após o breve filme que serve pra deixar um gosto de "quero mais" as luzes se apagam e a banda vem ao palco, e a introdução vem com uma pauleira de primeira qualidade, com um riff que me lembrou "In my Time of Dying" do Led nos primeiros minutos, e que vou ficar devendo o nome da música de abertura, por que não consigo lembrar o nome agora.
Na sequência veio "Mais uma vez" do disco "A vida é doce" com um arranjo bem mais legal e pesado! Alias, todas as músicas estão mais pesadas, e o show realmente faz jus ao nome de ELÉTRICO!
Logo que pensei que para todo aquele rock e guitarra em alto e bom som, toda a platéia sentada não combinava e a vontade de sair pulando era grande!
"Bambino" do "Ronaldo foi pra Guerra" e também presente no Acústico MTV (diga-se de passagem minha versão favorita), ganha um novo arranjo e continua animal!
Entra então "El Desdichado II" com a breve introdução de "essa música eu fiz para um amigo que morreu", história contada no livro, mas que acaba sendo uma canção autobiográfica e ganha uma alteração na letra com ele cantando: "o terror da próxima edição dos jornais que gritam, me devassam, mas não me silenciam".
Detalhe nessa música para a bateria que ganha ares de escola de samba no refrão e a performance alucinada do Lobão.
Uma paradinha e a introdução de "Decadence Avec Elegance" é a senha para o pessoal se levantar e descer para perto do palco, que logo fica repleto de gente em frente. O que graças a ótima disposição de lugares do auditório não prejudica em nada a visão pra quem, assim como eu, ficou sentado no seu lugar.
Vem depois - e não necessariamente nesse ordem por que não decorei o setlist - "Tão Menina", música feita para a irmão do Lobão e também do "A vida é doce", "Canos Silenciosos", para delírio da galera, "A Queda", igualmente delirante e "Me chama" cantada em uníssono pela platéia, afinal clássicos são clássicos!
A seguir com a breve apresentação de que essa canção está no filme cilada.com (ele não fala o filme, apenas que é do amigo dele Bruno Mazzeo), começa uma das canções mais bonitas na minha opinião, "Por Tudo Que For" que tem um momento épico com o solo de guitarra!
Seguida por mais uma balada, e parceria com o Júlio Barroso, "Noite e Dia". E eu já ia me esquecendo, com certeza foi tocada antes, mas teve "Os tipos que eu não fui", também do disco Ronaldo Foi Pra Guerra, com um novo arranjo simplesmente espetacular! Já gostava da original, gostei ainda mais da versão ao vivo!
Então é anunciada a música inédita que abre o livro, "Das Tripas Coração", que foi feita em homenagem ao Júlio Barroso, Cazuza e Ezequiel Neves. (Pra minha surpresa eu já tinha decorado a letra!)
Você confere ela e a letra no final do post, ok?
Rolou ainda "Vida Louca Vida", "Vida Bandida" com direito a mosh de um cara que subiu no palco para pular, "A vida é doce" também compareceu com mais uma interpretação apaixonada do Lobão, e "Song For Sampa", que é inédita e fecha o livro, dedicada a São Paulo (não diga!) e com o telão no fundo mostrando o trânsito de carros na terra da garoa. Pra fechar veio "Rádio Blá" com break para apresentação da banda e encerrando o show para muitos aplausos e o grito de mais um!
Na volta do bis, para minha mais completa alegria, ele tocou "Você e a Noite Escura" que eu não entendo como um música tão boa assim pode não ter tocado no rádio! Teve a belíssima canção de amor "Vou Te Levar" e na sequência ele fez uma versão de Help que nem sei como descrever, meio blues arrastado, meio Lobão, enfim, achei foda!
E pra fechar com muita alegria o show, como ele mesmo diz, talvez a única música alegre que ele fez, "Corações Psicodélicos"!
ufa... terminava assim o melhor show de rock nacional que eu já assisti, o segundo show do lobão que eu assisto (curiosamente o primeiro foi o de lançamento do "Canções dentro da noite escura", meu disco favorito dele, que foi em Lorena!), e que me deu a certeza que tem gente fazendo rock nacional de altíssima qualidade fora do que toca nas rádios e tevês.
ah, pra finalizar um super elogio a banda que faz o show acontecer: Duda Lima no baixo e vocal, Michelle Abu na Bateria (com B maiusculo por que ela toca uma Barbaridade), André Bava na guitarra e um tecladista/percussionista/guitarrista que me fugiu o nome, mas que juntos fazem um show impecável. E claro o Lobão, que nos altos dos seus 50 anos faz um show cheio de energia, fúria e ternura!
Dou boa noite para vocês e espero que gostem da música abaixo! =)
Das Tripas Coração
(Lobão)
Quem foi que disse a você, quero saber
Que perder é o mesmo que esperar?
Quero saber quem é que vai ficar tranquilo
perdido na beira do abismo, sangrando?
Se você pudesse ter alguém de joelho aos teus pés
A pedir o teu final
Sussurrando todo seu calor na tua orelha
Procurando uma palavra que não fosse em vão
Que fizesse você compreender... Que eu abandono meu lugar rasgando as veias
Derramando o meu amor pelas areias
Anuncio um lindo sol radiante
A última alvorada em teu semblante
E na perfeição de um céu sem sombras
A gente vai se encontrar Quem é que vai zombar desse Deus trapaceiro
Nesse Rio de Janeiro
Quem é que vai anunciar a próxima atração
E uivar pra lua cheia gargalhar dos tormentos do mundo Quem é que vai ficar sorrindo jogando palavras ao mar
Vendo a terra toda estremecer
Quero saber quem é que vai guardar toda essa dor
De ficar sozinho no convés sem a tripulação
Sou eu... Que abandono meu lugar rasgando as veias
Derramando o meu amor pelas areias
Anuncio um lindo sol radiante
A última alvorada em teu semblante
E na perfeição de um céu sem sombras
A gente vai se encontrar E das tripas coração mais uma tarde
Pra levar o meu amor pra eternidade
Meu amigo, por favor, me aguarde
Que a gente vai se encontrar
Que a gente vai se encontrar
Aí que na semana passada a revista NME divulgou a sua lista de 100 melhores clipes de toda a história, e foi uma boa surpresa ver que muitos clipes que listamos aqui estão entre os que eles escolheram também!
Não vou avaliar a lista e embora a segunda posição com Justdo Radiohead vá render um post futuro, quero comentar apenas o primeiro lugar, Johnny Cash e sua versão magistral de Hurt!
Cash (falecido em 2003) é bem novo na minha playlist, deve ter menos de 2 anos e entrou quando um amigo me passou uma coletânea do "Man In Black" e enquanto ia sendo apresentado a Ring of Fire, Jackson, Man in Black e outros sucessos, me surpreendo com a canção que fechava o CD, The Wanderer do U2!
E foi aí que me dei conta que ele cantava a última canção do Zooropa, que eu conheço desde 98 mas por um desses pecados de negligenciar os créditos do encarte do CD, não sabia quem cantava.
Depois dessa apresentação tive um maior interesse pela obra e história do cantor folk/country com voz grave e estilo inconfundível. E aí um tempo depois assisti a "Johnny & June" (2005) que conta a história de Cash, seu começo, as turnês junto com Jerry Lee Lewis e Elvis (que apresentaria a ele as anfetaminas), as drogas e o amor pela June Carter. O filme é excelente e a atuação do Joaquin Phoenix no papel principal é sem dúvida uma das melhores da carreira do ator. Recomendo que assistam, se é que ainda não o fizeram.
E aqui voltamos ao ínicio do post, a lista dos melhores clipes da NME, com Johnny Cash e sua - já falei que é brilhante? - versão de Hurt
Hurt
(Trent Rezno do Nine Inch Nails)
I hurt myself today
To see if I still feel
I focus on the pain
The only thing that's real
The needle tears a hole
The old familiar sting
Try to kill it all away
But I remember everything
What have I become?
My sweetest friend
Everyone I know goes away
In the end
And you could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt..
I wear this crown of thorns
Upon my liar's chair
Full of broken thoughts
I cannot repair
Beneath the stains of time
The feelings disappear
You are someone else
I am still right here
What have I become?
My sweetest friend
Everyone I know goes away
In the end
And you could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt
If I could start again
A million miles away
I would keep myself
I would find a way