segunda-feira, 11 de outubro de 2010

SWU - Impressões do Dia 10!

Ontem estive no festival SWU, em Itu. Não por que queria muito ver uma banda da qual sou fã, mas mais para participar do evento, ouvir e ver música boa, fazer parte da experiência. É uma pena que não vou poder ilustrar o post com fotos de ontem, por que meu celular foi roubado durante o show da Joss Stone, mas vou deixar para falar dos problemas depois. 
Agora vou fazer uma pequena crítica dos artistas que vi se apresentarem:
  • Jota Quest: Quando chegamos a banda mineira já estava tocando e se você já viu qualquer show deles não perdeu nada, foi mais do mesmo. A cozinha da banda sempre precisa e segurando o show e o resto é aquilo que todo mundo conhece. De positivo o repertório cheio de sucessos e músicas mais antigas que ajudaram a aquecer o público e animar a tarde.
  • Capital Inicial: Ao contrário da banda anterior, apostou em tocar músicas novas do CD "Das Kapital" lançado a pouco mais de 2 meses. Parece que não está fazendo muito sucesso já que não ouvi ninguém cantar as músicas novas. Isso esfriou um pouco o show que só empolgava quando o repertório voltava para o porto seguro dos anos 80. Ainda teve o Dinho Ouro-Preto fazendo um discurso vazio sobre política e eleições antes de tocar "Que País é Esse?" da Legião Urbana. Isso é o que mais me irrita na banda atualmente, essa tentativa de se apropriar do legado da Legião, de tentar soar engajada e rebelde enquanto não passa de uma banda teenager (apesar de ser composta por quarentões) com letras fúteis(lembre-se que as letras boas ou são do Renato Russo ou são do Alvin L. na fase anos 80).
  • Sublime with Rome: A primeira banda gringa da noite! Durante o show tuitei que a banda fazia "um show ?", queria dizer, um show com cara de interrogação pelo menos pra mim. Mas me surpreendeu muitas pessoas cantando as músicas junto. Gostei muito do som da banda, um pop/ska/punk muito bem tocado, honesto e com boa presença de palco. Fechou muito bem o show tocando Santeria!
  • Regina Spektor: Não conhecia quase nada dela mas achei um bom show, principalmente por que gosto muito de piano e ver ela tocando e cantando foi muito legal. Porém o festival ao ar livre, naquela noite fria de Itu, não me pareceu o melhor ambiente para ela. O clima calmo e intimista do show - principalmente quando ela canta sozinha no palco com o piano ou guitarra - merecia uma sala menor, onde fosse possível ouvir bem e com atenção a bela voz da cantora russa. Ponto para ela também pela simpatia.
  • Joss Stone: Naquele frio (estava menos de 15 graus, fácil) ela sobe de vestido e descalça ao palco - o que gerou o comentário (despeitado ou não) de algumas mulheres - e começa a cantar. Qualquer show com a voz dela não tem como ser ruim, por mais que não seja seu estilo favorito assim como no meu caso. A banda dela também manda muito bem e mais um ponto para a simpatia dela e a bandeira do brasil (é clichê, eu sei) no pedestal do microfone. De negativo foi o show que teve mais oscilação do som (hora muito baixo, hora normal, mas nunca alto).
  • Dave Matthews Band: Era o show de aquecimento para a grande atração da noite, e após dois shows mais calmos eles entraram com todo o gás. Sinceramente foi o show que eu mais gostei. Claro que foi um pouco longo demais e os solos e improvisos na músicas as vezes ficavam cansativos, mas foi o show de uma banda de verdade, com grandes músicos! Ponto para o melhor guitarrista da noite, Tim Reynolds, e para o encerramento com a versão de "All Along de WatchTower" (Pirei nessa parte do show).
  • Kings of Leon: Eu estava curioso para ver a banda dos irmãos de Nashville tocando ao vivo e gostei, bom entrosamento, sem fírulas ou pose, apenas rock. Quando eles tocaram as músicas novas do disco (Come Around Sundown) ficou aquele clima de interrogação - mas eu gostei muito de Mary, a quarta do setlist - em boa parte do público, mas os hits Molly's Chamber, Sex on Fire e Use Somebody garantiram o sucesso do show. Foram simpáticos mas são bem contidos no palco.
Fechando a parte músical, apenas a questão do som oscilar durante algumas apresentações prejudicou. Do Dave Matthews em diante o som não oscilou mas poderia estar mais alto. O lance dos dois palcos serem lado a lado facilitou para ver tudo, já que pra quem ficou entre os dois como a gente, não precisava ficar andando e da pra ver e ouvir bem tudo.
Falando do festival em si, a ideia seria bem legal se aplicassem de verdade o conceito sustentável e não ficassem apenas no marketing e discursos vazios (tipo o cara que antes do KoL começou com um discurso que a galera vaiou e ele foi embora de fininho), o espaço escolhido é bom (embora longe) mas a infra-estrutura deixou a desejar e caiu nos problemas comuns desse tipo de evento. Preços altos (do estacionamento que também cobrava o translado até a latinha de cerveja), a falta de banheiros, a muvuca tradicional, a falta de sinalização para chegar no lugar (já falei que era longe?), a falta de segurança (muita gente além de mim teve objetos furtados) e o absurdo de confiscarem qualquer coisa de comer (biscoito, salgadinhos, lanche natural, etc) que você estivesse levando logo na revista da mochila.
Apesar de tudo o balanço final da minha aventura no SWU foi positivo, valeu principalmente pela boa companhia da Renata e do Tarcísio, e pelas novas histórias para contar. O prejuízo do celular não entra na conta, enquanto alguém ganhou ele fácil, eu vou trabalhar para comprar outro! =P

2 comentários:

flavio disse...

Legal o post bem honesto, e com uma visão legal do que foi o festival, que apesar das suas várias falhas de organização de lineup de estrutura, de vipalizar, tem inegável relevância considerando que estamos em um país carente de rock.

abs
flavio

Renata disse...

Opa, concordo em tudo! Principalmente com a parte da boa companhia =).
Mas, o que tenho a acrescentar é que tendo sido o primeiro festival de que participei, valeu muito pela experiência como você falou (vi tipos impagáveis!). Aguardava ansiosamente pelos shows de Regina Spektor, Joss e KOL, porém, num evento tão grande como esse, ficou bem difícil de curtir totalmente o show, entrar no clima da música e só sair com o fim do espetáculo(é esse o meu combustível para os shows). Apesar disso, os artistas propriamente ditos, não deixaram a desejar e fiquei satisfeita.

falowww